Liga dos Campeões começou mal
TEXTO PUBLICADO EM RECORD PREMIUM E NA VERSÃO IMPRESSA A 15 DE SETEMBRO DE 2016
Talisca, Cornelius, Cristiano e Morata. São estes os nomes dos vilões que tramaram os três grandes portugueses na Liga dos Campeões. Terminou ontem a primeira ronda de uma prova que não começou bem para as nossas gentes. Benfica e FC Porto empataram em casa com equipas que se esperava acabassem batidas e os leões viram um sonho esfumar-se no final.
O Sporting fez um jogo enorme em Madrid. Foi superior ao Real durante 80 minutos, podia mesmo ter ampliado a vantagem, mas não suportou o pressing final dos merengues, que conseguiram a remontada através das figuras, mais do que pela qualidade futebolística. Pena que Jesus tenha sido expulso, que Patrício não tenha chegado a nenhuma das bolas de golo, que o juiz italiano tenha decidido amarelar apenas jogadores portugueses e que Ronaldo, uma vez mais, tenha marcado a uma das suas antigas equipas. Verdade é que de três pontos preciosos para um eventual apuramento, os leões ficaram com zero. E tudo volta a parecer impossível. Ou não?
Impressionante, ainda assim, a qualidade futebolística demonstrada pela equipa de Jorge Jesus. Da capacidade defensiva quase até final, ao meio-campo de luxo até à saída de Adrien e estoiro de William, ao repentismo e talento de Gelson. Ontem a Europa ficou toda a saber quem é o extremo português. A forma como rabiou os defesas merengues deixou Madrid incrédula. JJ disse que com ele no banco o Sporting não perderia. Acredito. Por isso seria bom que o técnico tivesse outro comportamento no banco. Ainda é tempo de aprender.
Ao FC Porto de Nuno pedia-se outro resultado frente a dinamarqueses. Um grupo acessível obriga, ainda assim, a competência. Empatar em casa desta forma pode ter custos. É preciso jogar mais, suar mais, querer mais. É o FC Porto!