Ganharam e com nota artística
Primeiro foi o Benfica na Luz, com uma 1.ª parte fortíssima, a arrancar uma vitória sem qualquer contestação. Logo se seguiu o Sporting, a exibir a saúde por que os seus adeptos suspiravam após Tondela e Portimonense, a dominar o Paços de Ferreira do princípio ao fim e com mais uma exibição categórica do seu meio-campo. Dois triunfos que pararam o país das 18h30 até cerca das 22h40, jogos seguidos pelos adeptos dos três grandes, tal a luta que se desenrola na Liga.
Bom para todos a nota artística trazida por Benfica e Sporting. Com Pizzi, Renato Sanches, Jonas e Carcela em alta, a equipa de Rui Vitória promete lutar até ao fim. Até porque ali faltam Gaitán a todo o gás, Luisão e Salvio, tudo craques que trarão ainda mais qualidade ao onze. Os encarnados parecem ter encontrado um sistema de jogo e dinâmicas adequados a quem luta para ser novamente campeão. A ambição está lá. O povo acredita. E o bicampeão depende de si próprio. Agora é fazer pela vida.
Jesus voltou a ver o leão dominar. O Sporting foi muito melhor do que o Paços. Com os craques os leões têm um onze temível. William, João Mário, Adrien e Ruiz são um quarteto fantástico. E depois há Slimani, o matador. Que já era bom mas a quem JJ tem, de facto, acrescentado qualquer coisa. O problema parece ser quando o técnico é obrigado a mexer. É o calcanhar de Aquiles e onde tanto Vitória como Peseiro têm mais soluções. O plantel do Sporting vai ter de ser gerido com pinças. Na Taça da Liga isso já se pagou caro. É onde Jesus terá mesmo de fazer milagres.
José Peseiro estreia-se hoje. Todos os adeptos do FC Porto desejam bom futebol. Esquecer Lopetegui é o objetivo. Mas há que ganhar a bem ou a mal. É que a Liga depende disso.
Texto publicado a 24 de janeiro de 2016 em na versão impressa e Record Premium.
