A opção lógica do #Benfica
Ter uma academia de excelência, apostar na contratação de alguns dos melhores profissionais do País, montar uma rede de scouting que hoje bate a de Sporting e FC Porto, construir equipas competitivas em todos os escalões e depois ser incapaz de ver esta aposta e investimento devidamente refletidas no plantel profissional foi um dos maiores fracassos de Vieira nos últimos anos. Com muito menos, o Sporting tem montado plantéis competitivos com elevado número de jogadores das escolas. Basta olhar para a Seleção Nacional para perceber a importância do trabalho realizado em Alcochete.
Parece que desta é que é. Vieira está farto de gastar milhões a contratar jogadores que não acrescentam nada – só esta época podemos falar de Benito, Bebé, Djavan, Luís Filipe ou Candeias, entre outros. Para quê ter pseudo-craques sem qualidade para serem titulares de um Benfica ganhador, se os complementos de um plantel forte e competitivo podem chegar da equipa B e do bom trabalho na formação?
É por isso que Vieira quer encostar Jesus à parede, ele que tem sido o travão a esta opção que tem tanto de aposta nos jovens lobos como de redução de custos. No fundo, vai tratar-se de um juntar o útil ao agradável que, por exemplo, já aconteceu no Sporting. Nem sempre em Alvalade a aposta foi feita por grande fé no que chegava dos escalões jovens. A necessidade aguça o engenho. Em nossas casas como nos nossos clubes. É uma das leis da vida.
Certo é que Vieira tem de ser inflexível nesta matéria se entretanto não descobrir petróleo na Luz, em Luanda ou em novos fundos como os que alimentaram o Benfica nos últimos anos. O Seixal merece a aposta. Com ou sem Jesus. Mas porque não com?