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A oportuna gastroenterite de Tiago Rodrigues é apenas o último episódio de uma novela que já fede, tantos são os capítulos a repetir a mesma história. Na jornada passada o azar tocou a Kayembe, coi..." /> Viver bem com a ilegalidade - Lado B - Record

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Viver bem com a ilegalidade

21 Março, 2015 779 visualizações

A oportuna gastroenterite de Tiago Rodrigues é apenas o último episódio de uma novela que já fede, tantos são os capítulos a repetir a mesma história. Na jornada passada o azar tocou a Kayembe, coitado, que se lesionou à última hora e acabou na bancada após sete jogos a titular. É preciso ter pachorra para aturar quem trata os portugueses que gostam de futebol como gente estúpida. É verdade que não podemos fazer nada. E que quem pode não faz. Afinal, vivemos bem com a ilegalidade.


O que vai acontecer certamente é que a lei dos emprestados será mudada após tanto crime cometido. As instituições fecharão os olhos a quem prevaricou e tudo ficará bem. O exemplo vem de cima. Se hoje um primeiro-ministro que não paga impostos acha que não tem que se demitir, porque terão de ser todos os dirigentes e treinadores honestos? Ninguém vê isto como violar a lei.


São poucos os adeptos que aceitam como limpos os triunfos dos rivais


Mesmo que semana após semana se repita a ilegalidade, no fundo, é só fechar os olhos à regra que não dá jeito. Já vimos este filme com Miguel Rosa e Deyverson e esses nem emprestados eram. Os interesses confundem-se, a transparência é cada vez mais opaca e são poucos os adeptos que aceitam como limpos os triunfos dos outros. Porque a um crime nosso, há sempre um pior do rival a citar. Sim, isto fede.


Discursos como os de Lopetegui ajudam ao descrédito. Para o treinador espanhol o que coloca o Benfica na frente são as expulsões. Não se deu sequer ao trabalho de as analisar. Infelizmente, é já mera caixa de ressonância. Se há onde pegar nas arbitragens do campeão, não é aí. FC Porto e Benfica, como os outros diga-se, há muito que deixaram de se preocupar com a verdade. Cada um tem a sua. E vende-a o melhor que sabe. E nós vamos engolindo. Uns mais do que outros. Chega?

 

Texto publicado na versão impressa de Record de 21-03-2015