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Lado B

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É vital ter a cabeça no lugar

17 Janeiro, 2012 632 visualizações

ESTA ÉPOCA JORGE JESUS NÃO EMBANDEIRA EM ARCO, NEM PROMETE MUNDOS E FUNDOS. E ISSO COLOCA-O MAIS PERTO DOS TÍTULOS

Na maior parte das intervenções públicas, Jorge Jesus é hoje um homem bem menos fanfarrão do que na época passada. Se após a caminhada triunfal que deu o título ao Benfica em 2009/10 o treinador teve momentos de sobranceria que não vale a pena serem recordados, esta temporada tem conseguido analisar a realidade com mais frieza, menos prosápia, enfim, com os pés assentes na terra. E a mudança tem ajudado muito a equipa. Os encarnados foram até ao momento um grupo esclarecido, que respeitou sempre os adversários, que tem percebido a importância de não facilitar com ninguém. Aliás, a única vez que inventou Jesus pagou-o bem caro e ficou de fora da Taça de Portugal, prova que assumiu muito querer vencer.

A mudança de paradigma levou também o Benfica a jogar de forma diferente. A equipa da Luz é hoje mais calculista. Menos de correrias loucas a caminho da baliza contrária. Tanto, que só nos últimos jogos apareceram as goleadas. Porque Jesus as exige? Não. Porque os jogadores estão confiantes, acreditam cada vez mais serem capazes de bater o FC Porto todo-poderoso da época passada e percebem que o título é novamente possível. Na Luz parece viver-se um bom ambiente competitivo. À disposição está um belo plantel e não se embandeira em arco. Importante, mais do que se pensa, acredito, para manter o equilíbrio mental de um grupo de homens que precisa de estar inteiramente focado no objetivo da reconquista que os adeptos desejam.

Prova de que Jesus esta época fez bem o trabalho de casa e que o apoio inequívoco de Vieira deu frutos é o facto de o Benfica não estar à procura de nenhum titular no mercado de inverno. Matías Rodriguez é pretendido mas para opção a Maxi e mesmo Ansaldi, desejo supremo do técnico, fica para o final da época, quando for acessível. Podem fazer-se negócios, claro, porque o dinheiro é que manda, mas na Luz não se sente a falta de reforços como no Dragão ou em Alvalade.

Mário Figueiredo é o novo presidente da Liga. Porque tem um projeto revolucionário? Não, prometeu novo alargamento. É assim o futebol português.

 

Texto publicado na versão impressa de Record, de 14-01-2012