— ler mais..

Era a pergunta que mais se ouvia no final do clássico e a que Domingos não fugiu: “O leão disse adeus ao título?” Optou, no entanto, por não atirar a toalha ao chão. Preferiu manter a chama acesa, ..." /> — ler mais..

Era a pergunta que mais se ouvia no final do clássico e a que Domingos não fugiu: “O leão disse adeus ao título?” Optou, no entanto, por não atirar a toalha ao chão. Preferiu manter a chama acesa, ..." /> E poderá o Leão voltar a ressuscitar? - Lado B - Record

Lado B

Voltar ao blog

E poderá o Leão voltar a ressuscitar?

11 Janeiro, 2012 546 visualizações

Era a pergunta que mais se ouvia no final do clássico e a que Domingos não fugiu: “O leão disse adeus ao título?” Optou, no entanto, por não atirar a toalha ao chão. Preferiu manter a chama acesa, quem sabe para pernoitar a equipa nas tais quatro frentes, mantendo a cenoura à frente do animal para que ele corra, mesmo que nunca consiga lá chegar.

Percebe-se a via seguida pelo técnico, por muito que pareça quase impossível o leão voltar a ressuscitar. É verdade que havia quem já o tivesse dado como morto antes da célebre reviravolta de Paços de Ferreira, mas um leão não é um gato, esse sim, o tal que dizem ter sete vidas. Isso não mata a época dos de Alvalade nem menoriza dramaticamente o trabalho que está a ser feito. Confirma apenas que este leão ainda está verdinho para estas andanças, por muita qualidade que lhe tenha sido acrescentada. E foi. Só que ainda não chega. Se por culpa de quem escolhe a equipa ou porque o fosso que separa os leões dos rivais da Luz e do Dragão era já incrível, dependerá das análises. A segunda será intelectualmente mais honesta, mas vai haver de tudo.

Se o empate deixa o Sporting a rezar para que o Benfica não vença hoje em Leiria e o deixe a 8 pontos da liderança, também Vítor Pereira abandonou Alvalade sem muitas razões para estar satisfeito. Curiosamente, nem foi isso que se viu, pois, como andam as coisas, a igualdade deixou o treinador portista aliviado, dando até para se queixar da arbitragem, uma muleta que já enjoa quase tanto como a de os jogadores do Sporting serem demasiado jovens para estas andanças. Porque não falar do jogo que ninguém teve coragem para ganhar?

E esse foi, provavelmente, o ponto mais quente e frio do clássico. Ninguém queria perder e o medo da derrota suplantou quase sempre a vontade de arriscar em busca de algo melhor. Faltou, de um lado e de outro, audácia para mais. As consequências são mais nefastas para os da casa, mas o campeão também cairá para segundo se a equipa de Jesus cumprir a obrigação em Leiria.

A Sporting e FC Porto parece faltar mais futebol. E questiona-se se não há ausência de um plano B. Por que não arriscaram Domingos ou Vítor Pereira na colocação de um segundo ponta-de-lança? Tática ou receio. Fica-se na dúvida…

O clássico teve uma “novidade” de realçar no futebol português, porque não acontece muitas vezes: uma boa arbitragem. Proença, que curiosamente estivera em duas derrotas dolorosas dos leões esta época – Valencia e Marítimo – e desastrado na segunda, fez por merecer a chamada ao Euro’12 e voltar a mostrar o porquê de ser considerado o melhor juiz nacional, seja isso o que for quando Olegário Benquerença foi nosso representante na África do Sul. Erros menores. Parabéns.

Texto escrito no sábado, 07-01-2012, após o clássico Sporting-FC Porto