Um Natal descansado
Benfica goleia na despedida de 2011 e espera acidentes no Dragão e em Coimbra
Uma noite com nota artística, a fazer lembrar o Benfica do título, fechou o ano em beleza ontem na Luz, com goleada ao Rio Ave por 5-1, tendo a equipa de Carlos Brito direito a um cabaz semelhante ao da época passada. Deu para tudo, até para uma reviravolta, com os golos a chegarem com sotaque espanhol, mesmo que de continentes diferentes.
Curiosamente, os jogadores parecem ter querido contrariar Jesus, que dizia ter a equipa “no limite do ótimo”. Não era verdade. Os craques que moram na Luz podem jogar mais do que têm feito. E não pela goleada, mas pelo futebol demonstrado, com momentos de puro encanto, longe das vitórias pela margem mínima, de coração apertado até final.
Excelente é poder passar a quadra natalícia no descanso da liderança e à espera que FCPorto ou Sporting escorreguem. O desaire dos primeiros ditaria o isolamento na frente, dos segundos o remanso de ver o rival ainda mais longe. E os encarnados poderão mesmo aproveitar para relaxar. Não pelas melhores razões, pois a Taça de Portugal já não passa de miragem, mas permitirá aos craques respirar outros ares e regressarem de alma nova.
Hoje, no Dragão, Vítor Pereira tem um teste de fogo. O Marítimo de Pedro Martins tem batido o pé aos grandes e mesmo com algumas ausências desejará fazer mossa em casa do campeão. As más relações entre Carlos Pereira e Pinto da Costa são apenas mais um aditivo para um jogo que tem tudo para ser frenético. Certo é que estará tudo de olhos postos ali. E perder pontos na Liga é, claro, proibido.
Os sorteios europeus não trouxeram grandes notícias aos clubes nacionais. O Benfica ainda teve a sorte de calhar com um dos adversários mais acessíveis, apesar de o Zenit ter talento, mas FC Porto, Sporting e Sp. Braga não podem dizer o mesmo. Os azuis enfrentam o poderosíssimo Manchester City e o Sporting, passando o Legia, tem idêntico destino ou enfrenta o dragão, deixando um emblema português pelo caminho. Os guerreiros defrontam Simão, Quaresma, Manuel Fernandes e Hugo Almeida, com Carvalhal ao leme. Complicado.