Em velocidades diferentes
TRÊS GRANDES PREPARAM A PRÓXIMA ÉPOCA COM PROBLEMAS E PRIORIDADES DIVERSAS. MAS COM O MESMO OBJECTIVO
O período do defeso é de importância determinante para chegar às vitórias no final da época. Muitas vezes está na planificação, construção e nas apostas feitas, hoje, o segredo para se ganhar amanhã. É esse momento fervilhante que se vive atualmente no Dragão, na Luz e em Alvalade. Em velocidades diferentes porque os meios, as realidades e as formas de trabalhar são, também elas, diferentes.
No Porto, é tempo de Pinto da Costa, Antero Henrique e Villas-Boas definirem estratégias. Com uma equipa fortíssima, a ideia parece ser vender segundas figuras como Rolando, Fernando e Cristian Rodríguez para encaixar os milhões necessários e tentar segurar craques como Hulk, Falcão e Moutinho. As coisas parecem estar a correr bem, mas o ponta-de-lança colombiano tarda em renovar e a cláusula de 30 milhões parece cada vez mais apetitosa aos tubarões europeus. Mantê-lo é peça fulcral da estratégia, pois mesmo com muito dinheiro na carteira é difícil arranjar igual. Se tudo correr bem a norte, a forte ambição para a próxima época está mais do que justificada.
Na Luz há maiores motivos de preocupação. A péssima temporada transata deixa muitas dúvidas e tudo é colocado em causa. De Roberto a Cardozo, passando por Rui Costa e Jorge Jesus. É óbvio que as investigações da Polícia Judiciária não ajudam muito a serenar, mas Vieira tem de definir rapidamente quem são as novas peças pretendidas e fechar quanto antes um grupo que ficou extremamente abalado com o passado recente. Importante será perceber que nem tudo está mal. Na Luz são necessários retoques e não revoluções. Digo eu.
Em Alvalade a tarefa é mais titânica, mas as expectativas – dos adeptos realistas, diga-se – são também menores. Domingos, Luís Duque e Carlos Freitas têm muito que fazer. E estão a mostrar serviço. Mesmo que sem os largos milhões prometidos. Um mercado a seguir com atenção…
