Chegou ao FC Porto como internacional brasileiro e grande esperança da Canarinha para render Maicon e Daniel Alves no futuro. Titular indiscutível de um Santos que havia ganho pouco tempo antes a Copa Libertadores, Danilo veio acompanhado de um rótulo que é impossível contornar: custou aos dragões, no total do valor do passe, cerca de 18 Milhões de Euros. De lá para cá, e contabilizando já um número de jogos suficiente para uma avaliação mais cuidada, o lateral – que prefere ser médio – tem demorado a justificar o enorme investimento nele feito. Em adaptação na segunda metade da temporada passada, alternou a titularidade com Miguel Lopes no início desta época e agora, que parece ter lugar assegurado no onze, dá a sensação de não estar ainda totalmente identificado com as exigências do futebol europeu. Não que Danilo seja mau jogador, claro que não o é, mas custou 18 Milhões de Euros e eu não o vejo render aquilo que toda gente esperava dele: um lateral rápido, ofensivo, que fizesse o “vai-e-vém” pela direita como fazia Álvaro Pereira pela esquerda. Com dificuldades a defender, é certo, mas capaz de oferecer já uma dimensão muito maior ao ataque do Porto pelo seu flanco. Mas não. Está cada vez mais acomodado, estático em campo, incapaz de oferecer à equipa a largura e a profundidade que ela precisa na direita quando James foge para o corredor central. Foram mais do que notórios todos estes aspectos no recente jogo com o Dinamo de Zagreb para a Liga dos Campeões e já não é a primeira vez que dou por mim a pensar se ele, mesmo sendo ainda muito jovem, vai algum dia conseguir corresponder às esperanças que todos depositaram nele… Será que se justificam todos aqueles milhões?