Não é sobre futsal, é mesmo sobre Éder
São 16h30 de dia 11 de julho e ainda me custa acreditar que a Seleção Nacional é campeã europeia de futebol. Não porque a equipa não tem valor, mas porque sou portuguesa, porque estou habituada ao quase, ao fado e à conversa de coitadinho. Sim, confesso.
Uma das coisas que os meus pais me ensinaram foi a ser sempre sincera e verdadeira, por isso venho aqui pedir dar uma palavrinha ao nosso herói, Éder.
Sim Éder, sou uma dos milhares de portugueses que duvidava de ti quando viu o teu nome na convocatória, que te definiu como jogador pelos golos flagrantes que falhaste à frente da baliza, como se isso nunca tivesse acontecido por exemplo a Cristiano Ronaldo ou Messi.
Recuso-me a vir dizer “sempre acreditei” porque é mentira. Duvidei de ti Éder, do teu valor e da tua valia para esta Seleção. Mas tu deste-me uma grande bofetada de luva branca. A mim e não só
Por isso, obrigada Éder, obrigada pela maneira como me calaste, a mim e aos milhares de portugueses que agora te aplaudem como herói mas fizeram piadas sobre ti nas redes sociais, criticaram a tua chamada à Seleção, etc. Obrigada por aquele golo que nos levou ao Olimpo. És um herói nacional. E mereces!
Obrigada Seleção Nacional por mostrar que não é preciso golear ou marcar nos primeiros minutos para ganhar.
Obrigada por unirem um povo, por nos darem um pouco de auto-estima e um título há tanto desejado.
Merecemos. Somos Portugal. SOMOS PORTUGAL.