Traição no castelo: um cretino é um cretino
Não há nada pior que mexer na porcaria.
Carlos Queirós já a quis varrer da FPF e a verdade é que não só não conseguiu como ainda para lá voltou e pela porcaria foi varrido.
Manuel Machado vem agora agora falar também de porcaria, para comentar o processo que culminou com a sua substituição por Rui Vitória.
Alega o professor que esta substituição estava cozinhada há muito tempo, tal como foi referido na altura por um jornal, sem que a direcção vitoriana desmentisse a notícia.
Muito bem. Mas será que nessa altura Machado de algum modo questionou Emílio Macedo ou Paulo Pereira sobre o assunto? Não teria de fazê-lo, mas…
O que todos sabem é que a lealdade não é propriamente um artigo com muita procura na relação entre treinadores no activo e os seus dirigentes e que muitos são os treinadores que nem esperam pela hora da chicotada para se agarrarem ao telefone.
A lei que continua a imperar e é a lei antiga, ou seja, a da selva ou da savana, que foi nesta última que, diz-se, medrou o Homem.
Tal como já dissemos aqui, Machado foi o cordeiro sacrificado e sai do “seu” Vitória castigado pela direcção do clube, tal como aconteceu, aliás, com Manuel Cajuda.
Quanto a mim, Manuel Machado só pecou por ter decidido tarde. Devia ter saído quando a tal notícia saiu e não foi desmentida. Ou quando os dirigentes vitorianos desataram a contratar jogadores sem o seu aval. Esta é uma guerra que um treinador perde sempre. Os dirigentes podem cometer muitos erros mas têm sempre muitos “bodes respiratórios” para se defenderem antes de serem atingidos pela onda de choque.
Foi o que mais uma vez aconteceu. Facilmente.
Assim se provando uma velha máxima do próprio professor Machado, estampada junto à foto que ilustra esta posta.