Obviamente, demitam-se!
O “caso Cardinal” é uma facada profunda na direção do Sporting.
Vai fazer sangrar o coração do leão. Pode estar aqui em causa uma sanção desportiva pesada mas pior é mesmo a sanção moral.
O Sporting foi até aqui o clube paladino da verdade desportivo e não precisou de constituir assistentes fantasmas ou de recorrer ao YouTube.
Um vice-presidente operativo e ativo está no centro da fogueira. Tudo indica também que foi ele o pirómano. Não atuou certamente por conta própria, tal como as primeiras provas reunidas indicam.
Só resta um caminho a esta direção do Sporting eleita por um punhado de votos: demitir-se.
Não é, porém, o que vai acontecer.
Vamos começar a assistir a algo que o povo classifica como sacudir do capote. Uma cabeça já rolou (e grande), as outras vão tentar afastar-se rapidamente do cadafalso da opinião pública, protegidas pelo fundamentalismo cabalístico do costume.
Aguardemos pela avaliação da dimensão deste caso que sobretudo põe à evidência uma metodologia que muitos usam e que visa sobretudo condicionar o trabalho dos árbitros. Há quem lhe chame coação. Mas todos sabemos bem que também a justiça desportiva mudou muito e que está hoje nas mãos daqueles que em pleno epicentro do Apito Dourado disseram que a montanha ia parir um rato.
É isso: o problema não está na montanha nem em Maomé – o problema é mesmo dos ratos.
COMENTÁRIO EM DESTAQUE
Vasco Santos disse em 13-04-2012 às 11h48
Sou só eu a achar que há aqui qualquer coisa que não bate certo?
Foi PPC que fez a denuncia na PJ?, ou foi o Sporting?
Então ele tem/tinha uma equipa a trabalhar para chantagear árbitros e o principal prejudicado continuava a ser o Sporting?
Então ele não sabe que existe policia em Portugal?
E ele sendo um ex-policia não conhece os métodos?
E sabendo que tinha aparecido uma denuncia, ficou com “documentação” -em casa, na empresa, no estádio- à espera que a policia aparecesse?
Se o objectiovo era que o Cardinal não fosse “a jogo” para impedi-lo de prejudicar o Sporting, bem, isso foi conseguido.
Depois do “Apito Dourado”, toda a gente desconfia de toda a gente, em que toda a gente desconfia de ter o telefone sob escuta, as coisas ainda se fazem “assim”, de uma forma tão, tão, “amadora”?
É “isto” uma manobra para de uma vez por todas se irem verificar contas e património adquirido de alguns agente desportivos?
Ou é um “Inside Job”?