Vítor Pereira muda tudo para tudo ficar na mesma
Primeiro falou Jorge Jesus.
Depois António Carraça.
Seguiu-se João Gabriel.
Hoje chegou a vez de Vítor Pereira.
Inflamado com a presença de Pedro Proença na final da Champions (na companhia de Jorge Sousa, Duarte Gomes, Bertino Miranda e Ricardo Santos, para além de Tiago Trigo – o bandeirinha suplente), Vítor Pereira dá uma grande entrevista a A BOLA um dia depois de RECORD ter revelado o novo modelo, à inglesa, para a arbitragem portuguesa.
A estratégia de comunicação da FPF anda um bocado baralhada, mas enfim…
Para que serve esta entrevista? No essencial, para Vítor Pereira explicar um projecto que pouco difere do atual modelo e que tem apenas como grande inovação o recurso a árbitros estrangeiros para os principais jogos do futebol luso. Vamos ficar à espera disso num momento em que os árbitros portugueses também já são chamados para jogos de outros campeonatos, embora no caso concreto o da Roménia, que não é o melhor exemplo…
Esta entrevista é, essencialmente, uma forma de aquietar os ânimos exaltados dos responsáveis benfiquistas que já assumiram posições públicas sobre um campeonato que consideram ter sido desvirtuado pelas arbitragens. Ora, quer-me parecer que não é propriamente esse o tema principal da entrevista a Vítor Pereira. Por muitos menos o Sporting viu os árbitros tomarem uma posição pública, sem que Godinho Lopes tivesse aberto o bico…
Por falar nesse caso, será que alguém reparou na forma como se despediu o árbitro João Ferreira de uma longa carreira como árbitro? Eu informo: teve como prémio apitar o palpitante Naval 1.º de Maio-Santa Clara!
Quanto a Paulo Batista, o suplente que se recusou substituir Ferreira no tal Beira-Mar-Sporting, também ele em fim de carreira, foi nomeado para a final da Taça de Portugal.
Ouviram algum responsável da arbitragem falar nisto? Eu não…
