Deus, filho de Jesus
Jorge Jesus, também conhecido por Carinha na Falagueira, já não nos surpreende.
Treinador com larga experiência – tome-se nota que só ganhou 3 vezes ao Benfica, segundo o Rui Miguel Tovar e o “i” -, nos últimos anos viu o seu ego inchar. Depois de ajoelhar no Dragão, papou dois campeonatos e saiu do Benfica com 3 títulos e duas finais da Liga Europa perdidas.
Chamam-lhe mesmo o Mestre da Tática, título, aliás, da sua única biografia, julgo que autorizada.
Costuma-se dizer também no mundo da bola que já está tudo inventado mas tal não passa de um sofisma – há sempre coisas novas para descobrir e basta dar como exemplo, nos últimos 20 anos, a internet e os ovos recheados com presunto.
Na projeção da Supertaça, Jesus veio dizer que no Benfica nada mudou, ou seja, que Rui Vitória se limitou a aproveitar as suas ideias, deixando ainda uma espécie de profecia, do tipo “cuidado, são boas ideias mas sem o meu toque de Midas…”
Tenho alguma estima por quem tem a autoestima sempre em níveis elevadíssimos.
É o caso de JJ, também ele como peixe na água nos mind games (presumo que já será capaz de perceber o que estou a dizer).
A verdade é que olha-se para o Benfica e não se veem mudanças. Mas se calhar também ainda não é altura para ver. Porque só agora a bola vai começar a rolar a sério. Veja-se o que aconteceu ao V. Guimarães, que vinha de uma boa pré-época e baqueou já na Liga Europa.
As palavras às vezes são como boomerangs. Mas isso JJ já sabe. Porque JJ, esse, não muda.
Jesus, o pai de Deus, para bom entendedor.