Liga versus FPF
A entrevista de Mário Figueiredo dada a estampa no Record apenas vem provar uma coisa: a direção da Liga continua firmemente disposta a continuar a comandar o futebol profissional.
Mário Figueiredo cambaleou durante uns tempos mas não caiu. Está de pé.
Para já, tem em sua posse os melhores estudos e os melhores consultores. Gente com trabalho feito nas Ligas profissionais.
Ligas que, como todos sabemos, vendem os direitos televisivos em pacote. Ou seja, com poder negocial perante intermediários e players.
Uma situação que está longe de acontecer em Portugal, onde os clubes vivem dos balões de oxigénio de Joaquim Oliveira (enquanto este vive dos balões de oxigénio do Millenium e do BES).
Reparem nisto. Houve um único momento nos últimos anos em que a Liga pode impor o seu programa.
Foi com Hermínio Loureiro.
Mas a tribo do futebol – e acredito que até o então líder da Liga – com a bomba atómica espoletada por Ricardo Costa.
De então para cá, cavou-se a trincheira.
De um lado os bons. Do outro os maus.
Os clubes estão exauridos financeiramente e até os grandes começam a sentir a crise, de que é exemplo o Sporting.
Há que encontrar um novo paradigma.
Figueiredo está a apresentar as soluções enquanto vai levando porrada deste e daquele.
Mas continua firme. Tal como D. Quixote.
Falta apenas saber quem é que no fim vai ser o cavaleiro da triste figura.
O burro todos já sabemos quem é.