O que todos querem é colinho
O desejo de todos os clubes, em especial dos chamados grandes. é que os árbitros lhes proporcionem colinho e os envolvam num manto protetor.
A condição natural dos grandes é de na dúvida terem o benefício de quem decide. Hoje mais do que nunca pois o escrutínio, sobretudo nos painéis televisivos, é severo e mesquinho.
Quem fala de arbitragem nunca pegou num apito ou numa bandeirola e não faz ideia da dificuldade do ofício.
Eu, por exemplo, já experimentei – e foi uma experiência, digamos, assustadora!
A pressão sobre os árbitros, como já se disse neste espaço, está em níveis elevadíssimos. Ajuda também à festa o facto de estes estarem um bocado sem governo.
O que é notável é que nestas primeiras jornadas alguns árbitros, como foi o caso de Nuno Almeida, terem resistido à pressão, não caindo na tentação da decisão mais fácil.
Os árbitros podem estar a ser pagos em moeda falsa mas parece que alguns já perceberam que ninguém vai cair em graça e que acima de tudo impõe-se preservar a integridade de uma classe tão desprotegida e maltratada.