Bruno de Carvalho e a sua jihad
Bruno de Carvalho funciona especialmente bem num registo de fusão a frio.
Após a eliminação da Champions, surgiu a afirmar que os árbitros que erram deliberadamente devem ser presos.
Não é algo que nos espante. O presidente do Sporting até já sugeriu a retirada do vermelho da bandeira de Portugal.
BdC é um presidente absolutamente espantoso e honra o seu exórdio na Juve Leo, ou seja, é, sem desprimor, um verdadeiro fanático.
A sua jihad é permanente embora muitas vezes não se entenda contra quem está a combater, tal como num famoso romance medieval.
Uma coisa é certa, BdC baralha a maralha. É tão estável como a dinamite.
E como se não bastasse um Bruno de Carvalho, temos também aí um Bruno Carvalho, este a bater-se pela presidência do Benfica.
Começa a perceber-se o porquê de Sacha Baron Cohen, vulgo Borat, ter criado o personagem Brüno Gehard.
Uma coisa é certa, os dois Brunos representam um nova geração de dirigentes desportivos ou potenciais dirigentes desportivos. Usam as redes sociais como arma de arremesso, são ousados e, sem qualquer dúvida, desafiam o sistema.
O Sporting, recorde-se, é aquele clube que passou anos a falar do sistema sem o atacar a fundo.
Vamos ver se BdC e BC conseguem, cada um no seu campo, mudar o mundo. Outros já o tentaram, não propriamente com resultados brilhantes.