Deixem o Quaresma desbundar à vontade
Os grandes craques da bola são como os milionários do euromilhões: podem ser excêntricos à vontade.
Ou, porventura, não iria o leitor cometer pelo menos uma pequena loucura com 20 milhões de euros nas mãos? Na parte que me toca, juro que nunca mais punha aqui os pés!
Vem isto a propósito dessa multidão de críticos de moda que põem sempre a cabecinha de fora quando Quaresma se apresenta ao serviço da seleção nacional, os mesmos que pensam que esta convocatória se assemelha a uma qualquer chamada ao serviço militar para defender a pátria.
Eu, por exemplo, apresentei-me em Mafra, no século passado, de calções e chinelos (10 minutos depois já estava completamente irreconhecível).
A ostentação não é para todos e só a pratica quem tem dinheiro. Os que não têm criticam a ostentação.
Curiosamente, quando estamos perante uma qualquer estrela rock, ninguém põe em causa a invulgaridade e a xungaria.
Quanto ao gosto, bem, esse fica à conta de cada um. Eu, por exemplo, não gosto de arroz de frango mas não tenho nada contra.
E depois, meus amigos, não está escrito em lado nenhum que os suspensórios não combinam com sapatos de ballet no corpinho esbelto de um meio cigano.
