— ler mais..

É certo e sabido que a democracia é uma coisa que não assiste sobretudo aos grandes clubes de futebol. O querido líder é seguido com fanatismo, há sempre milhões a rolar, os prejuízos acumulam-se,..." /> — ler mais..

É certo e sabido que a democracia é uma coisa que não assiste sobretudo aos grandes clubes de futebol. O querido líder é seguido com fanatismo, há sempre milhões a rolar, os prejuízos acumulam-se,..." /> A democracia nos clubes - Bola na Área - Record

Bola na Área

Voltar ao blog

A democracia nos clubes

28 Março, 2015 994 visualizações

É certo e sabido que a democracia é uma coisa que não assiste sobretudo aos grandes clubes de futebol.

O querido líder é seguido com fanatismo, há sempre milhões a rolar, os prejuízos acumulam-se, mas no fim poucos são os que se sentam nas assembleias e os que vão lá é apenas para aplaudir.

Felizmente ainda há pessoas como o meu amigo José Carlos Pereira, portista de gema mas nem por isso um carneirinho como os outros, como nos deu conta da sua atitude na última assembleia do FC Porto.

Ontem marquei presença na Assembleia Geral do FC Porto, que se reunia para aprovar uma alteração global dos estatutos do clube. A generalidade dos cerca de 200 sócios presentes só recebeu a proposta de revisão dos estatutos à entrada para a reunião, pelo que se esperaria uma explicação detalhada das principais alterações introduzidas. Nada disso. O Presidente da Mesa passou rapidamente à votação na generalidade dos quase cem artigos, o que levou à sua aprovação na generalidade por unanimidade.
Pedi então para usar da palavra, dando conta que os sócios não tinham tido acesso à proposta com antecedência e que, por isso, não estavam em condições de votar conscientemente, quando estavam em causa matérias muito relevantes. Se não houvesse explicações por parte dos juristas presentes, então teria de me abster na votação na especialidade. A minha intervenção foi bem acolhida pela Assembleia, que comungava em grande parte das minhas reservas, mas não mereceu resposta por parte da Mesa ou da Direcção. Assim sendo, foi a minha abstenção que fez com que os estatutos não fossem aprovados por unanimidade na especialidade.
Como disse na intervenção que efectuei, uma prática que não honrou a história do clube nem a significativa mobilização de associados que ocorreu