Ai Jesus, chamem a polícia!
De pouco vale ao Sporting queixar-se de erros de arbitragem nos seus dois jogos com a Gazprom, perdão, com o CSKA de Moscovo. Os leões só ficam fora da Champions porque se puseram a jeito. Este segundo jogo foi um bom exemplo do que não se deve fazer quando uma equipa vence o jogo da primeira mão e chega ao intervalo da segunda partida em vantagem no marcador. Isto é, começar a defender a vantagem a mais de 30 minutos do fim normalmente revela-se fatal. Foi o que aconteceu, a meias com um estouro físico que se deve ter ouvido em Vladivostok
Tudo começou, aliás, na abordagem de Jesus a este segundo jogo, ao deixar Slimani no banco. Primeiro sinal de que estava ali para gerir a vantagem.
Depois, o que se viu foi o Sporting a pressionar o seu adversário e este com muita dificuldade em sair a jogar. Mas também se viu um Sporting sem muita vontade de esticar a manta.
Agora, Inês é morta e a vida continua mas sem os milhões da Champions, com os leões numa Liga Europa onde têm outra força competitiva.
Depois do empate em casa com o Paços de Ferreira (antecedido por uma vitória à rasca sobre o Tondela em campo neutro), este desaire não quebra o estado de graça de Jorge Jesus mas põe em evidência as fragilidades deste Sporting e a sua capacidade para evoluir. Já deu para perceber que com Jesus a equipa está mais organizada, tem um sentido de jogo bem definido e movimentados orientados. Mas será que chega?
De resto, acordamos hoje todos com a notícia de que um diretor do Benfica, o responsável pelo apoio aos jogadores, uma espécie de Paulo Pereira Cristóvão, foi detido numa viatura do Benfica com quase dez quilos de cocaína. Ao que parece, o senhor Carriço, que foi motorista de Luís Filipe Vieira, recebia colombianos suspeitos no seu gabinete no Estádio da Luz. Uma situação gravíssima e que interessa apurar, sem dó nem piedade. Pelo que tenho percebido, o Benfica não tem nada a haver com isto!
Não é o primeiro caso de polícia que entra pelos nossos clubes dentro. Bem recentemente a SAD do FC Porto foi alvo de buscas por causa de questões relacionadas com a empresa de segurança do Dragão e o seu CEO Antero Henrique, que ficou com 40 mil euros cativos. E o maior acionista individual da SAD do Sporting, Álvaro Sobrinho, está na mira da CMVM.
Quem anda à chuva molha-se mas nem tudo se explica com o facto de o culpado ser sempre o guarda-chuva que ficou esquecido lá em casa.