Boas vistas te vejam
Quem passa pelo Bessa pode sempre admirar cenas destas: turistas que ali param para tirar uma foto com uma das panteras.
Este Boavista que passou 6 anos purgatório e que renasceu na época passada continua a ser um clube muito especial.
Nos tempos modernos, da televisão a cores e dos computadores, foi aquele clube que não meteu só uma lança em África mas três ao mesmo tempo, tornando-se campeão nacional sob o comando de Jaime Pacheco e a liderança de João Loureiro. Nesse período, foi semifinalista da Taça UEFA – no ano em que o FC Porto conquistou o título – e foi duas vezes segundo classificado.
Obviamente, o Boavista meteu-se onde não era chamado.
E pagou.
Volvidos estes anos, os adeptos dos chamados grandes clubes continuam a afirmar que o Boavista só foi campeão porque Valentim Loureiro era o presidente da Liga, classificando a equipa de Pacheco como um grupo de caceteiros.
Uma falácia como tantas outras.
O Boavista que foi campeão e que pôs em causa o sistema era um clube forte e bem comandado e liderado. Uma ameaça, portanto.
Hoje, o Boavista reergue-se muito devagarinho. Com passos curtos mas certos.
Acredito que não faltará muito para reocupar a posição que lhe foi roubada.
Porque o Porto merece mais um grande clube à sombra do eucalipto FC Porto e o futebol português não se pode dar ao luxo de por de lado um clube que escreveu parte da sua história com letras douradas.