Lágrimas de Portugal
Temos um país com uma certa queda para a depressão e que com facilidade esquece as virtudes do seu povo.
O mesmo que se fez ao mar em frágeis caravelas, que introduziu o cavaquinho no distante Havai, que resistiu às três invasões napoleónicas e também a todos os governos socialistas.
Um povo que faz a mala com lágrimas mas que no estrangeiro deixa o melhor do seu suor e do seu sangue, não apenas trabalhando como trolhas.
Os maiores exemplos de portugueses de sucesso na demanda pelo Mundo estão aqui em cima mas há outros de igual excelência.
Mas não é só no futebol que somos tão bons ou melhores que todos os outros. Não temos é muitas vezes em conta a nossa dimensão – a de um país com 700 quilómetros de costa e que se atravessa de ponta a ponta em seis horas de automóvel.
Tecnicamente, Portugal é um milagre de sobrevivência e, sobretudo, de transcendência.
Lembro-me sempre destas coisas quando vou ao meu barbeiro, que tem um “problema ecológico” na próstata mas leva a vida com um sorriso e ainda namora ao telefone com a patroa.
O que explica de certo modo a razão desta postagem, no querido e quente agosto.