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Bola na Área

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Jesus no Play Off. Não foi uma entrevista, foi uma ida ao cabeleireiro

6 Julho, 2015 709 visualizações

Está na moda os protagonistas do futebol apenas se disponibilizarem para entrevistas em programas de paineleiros.

Obviamente, chamar entrevistas a este tipo de coisas é um exagero e ofende um dos géneros mais nobres do jornalismo.

O que se viu no “Play Off” foi tudo menos uma entrevista – não passou de uma conversa de amigos. Com a exceção de António Simões, que tratou sempre JJ por “meu amigo”, a informalidade imperou e salvou-se a inspiração de Rodolfo Reis para colocar o agora treinador do Sporting entre o Bruno e o Carvalho.

Fiquei sem saber a verdadeira razão que levou Jesus a trocar o Benfica, onde era um ídolo, pelo Sporting. E, sinceramente, é lamentável que o Palermo se tenha esquecido de lhe formular um convite.

Também não ouvi JJ a comentar o que Quaresma disse quando falou de ele e de Mourinho.

JJ, já se sabe, tem um ego imenso e mais uma vez este o traiu pois disse sobre o Sporting que está a construir aquilo que não devia ser dito já. Mas lá está: JJ não consegue resistir quando lhe afagam o ego.

JJ não é um alienígena como treinador. Provavelmente temos por aí muitos outros melhores. Mas tem indiscutível mérito. Tem também muitos amigos. E pelo menos nas próximas quatro semanas, até a bola começar a pinchar, como se diz aqui na terra, vai poder continuar a olhar para o espelho e a não ver ninguém melhor.