A Liga morreu
No sorteio da Liga salvou-se a declaração de Vítor Oliveira (que delegou a receção do prémio no meu camarada Armando Alves). O agora técnico do Desportivo de Chaves é o treinador português que melhor gere a sua carreira e por onde passa só deixa amigos e portas abertas. Na sua mensagem vídeo, agradeceu a todos aqueles que foram seus colaboradores no U. Madeira, do roupeiro ao diretor de comunicação. O meu conterrâneo e amigo é assim, o que me orgulha muito.
Quanto ao sorteio, tudo começou com a ideia peregrina de realiza-lo no Algarve.
Com mais ausências que presença, a Liga mais uma vez não conseguiu dar dimensão àquele que devia ser um dos momentos mais importantes da época.
E depois tivemos a suprema infelicidade de ver Octávio Machado receber o prémio de Jorge Jesus. Provavelmente foi JJ quem delegou no ex-comentador da CMTV mas se foi assim jamais a Liga devia ter permitido que assim sucedesse.
Octávio Machado é o atual homem forte do futebol do Sporting e, como não podia deixar de ser, não se conseguiu controlar e acabou a dizer que espera que Jesus continue na senda das vitórias. Luís Filipe Vieira, que fez o favor de estar na plateia e de libertar dois jogadores para a cerimónia, teve de esconder a cara, sem saber se havia de rir ou chorar…
Foi um gaffe terrível mas que ajuda a explicar o estado a que a Liga chegou. Uma situação que, quero crer, a FPF, cada vez mais forte, terá apreciado com um sorriso trocista.
A Liga morreu. Falta apenas avisar quem lá está desse facto.