Descida de Marco Ferreira é um escândalo
A despromoção de Marco Ferreira é um escândalo que já devia ter acionado o alerta na FPF. Mas pelos vistos…não.
Não se consegue entender como é que um árbitro inserido no restrito grupo dos profissionais, que revalidou as insígnias de internacional em janeiro e foi nomeado para a final da Taça de Portugal surge em posição de descida.
Muito mais compreensível é este facto visto à luz de um acontecimento denunciado pelo juiz de campo madeirense, quando percebeu que o seu observador, o antigo árbitro José Rufino, acertava a nota a atribuir através da ajuda, via telemóvel, de um amigo que estava a ver o jogo na televisão.
Marco Ferreira, que ouviu a conversa que decorreu na sala contígua, confrontou de imediato o observador com a situação e denunciou-a.
Um dia antes da divulgação das classificações, uma fuga de informação, ao que tudo indica com origem na secção de classificações do CA da FPF, passou para os jornais a hipótese de despromoção de Marco Ferreira, colocando-o como alvo de um processo disciplinar que não existe. Um facto que ultrapassou a hierarquia.
Como se sabe, Vítor Pereira passou uma época inteira sem conhecer como iam as classificações dos árbitros. Só assim se entende que tenha nomeado um árbitro em risco de descer para a final da Taça de Portugal. Pode o presidente do CA da FPF argumentar que a lei o impede de chegar a essa informação, o que é, no mínimo, um perfeito absurdo, pois quem nomeia os árbitros tem de saber como estes estão a evoluir.
O presidente do CA da FPF precisa de abandonar o seu pedestal, caso contrário corre o risco de cair do mesmo…
O caos está instalado no CA da FPF. Não é propriamente uma novidade num CA bipartido, com um presidente eleito por um voto de diferença, graças a um delegado que a caminho de Lisboa teve uma súbita indisposição.
Espera-se de Fernando Gomes que possa por alguma ordem nesta casa a arder, sob o risco de termos mais um início de época à grega na arbitragem portuguesa.