Claques só dão prejuízo mas às vezes dão jeito
As claques, ou grupos organizados (!!!!!), são uma fonte de problemas para os clubes. Para os grandes e para os mais pequenos.
Ali se acolitam todo o tipo de marginais mas também gente que leva a sua vida sem incomodar o próximo.
Atente-se. Pela primeira vez na história do futebol português, um clube é presidido por um antigo membro de uma claque: Bruno Carvalho, conhecido Juve Leo.
Está por apurar quanto o Estado português gasta com o aparato policial habitual no acompanhamento das maiores claques, com os agentes de segurança de prevenção horas infinitas e a percorrem o país, mas é fácil perceber quanto os clubes gastam em multas resultantes do mau comportamento desses grupos.
Mas o pior é mesmo o vandalismo que se manifesta não apenas nos estádios mas também numa estação de serviço acessível ao mais incauto dos cidadãos. Um conhecido líder de uma claque até detalhou em livro – cuja primeira edição ardeu misteriosamente… – como se deve iludir a polícia quando o alvo é a zona de snack de uma gasolineira…
A verdade é que os clubes em regra não se querem associar às suas claques mas acabam sempre por de certo modo patrocina-las, sobretudo na cedência de bilhetes, com isto proporcionando aos respetivos líderes uma boa fonte de rendimento, obviamente sempre em prol do coletivo. Há momentos em que as claques dão muito jeito…
Como se sabe, grande parte das claques estão hoje legalizadas. Mas nem por isso os problemas desapareceram. Hoje são apenas problemas legais, como eram antes. O que fazer com as claques e com a sua falta de sentido humor? Não sei.
No fundo, aqueles que ali se acolitam apenas refletem o que se passa ao mais alto nível. Só que com mais barulho e de forma descarada. A aldeia dos macacos não é um exclusivo do zoo de Lisboa.