Pedro Proença, o melhor mas não o maior
Pedro Proença saiu pelo seu pé da função de árbitro mas não da arbitragem.
Já todos percebemos que vai continuar a ter uma palavra a dizer na arbitragem portuguesa.
Proença foi o melhor árbitro da sua geração, não terá sido o melhor árbitro português de sempre (Garrido tinha mais classe!) mas aceita-se que pense que sim. Na minha modesta opinião Jorge Sousa, 5 ou 6 anos mais novo, é melhor tecnicamente mas nunca teve o seu glamour.
O papel de Proença foi também importante na emancipação dos árbitros em relação aos outros poderes e também na reivindicação de direitos, que a obrigação é sempre a mesma: errar o menos possível.
O que lhe vai acontecer no futuro?
Para já vai tirocinar pela UEFA e pela FIFA, na minha opinião preparando a sua candidatura à presidência da FPF.
Proença sonha alto porque pode sonhar alto: tem uma carreira que fala por si, tem capacidades técnicas e é agregador. Ao contrário de muitos líderes de pacotilha que continuam a enganar tudo e todos, Pedro Proença é um líder por natureza. Um líder naturalmente egocêntrico mas razoável. Tem tudo para ser o que quiser no futebol português.
Mas neste novo caminho Proença terá de perceber que pode ser o melhor mas não é o maior. É muito importante interiorizar esta coisa simples. Não é uma questão de humildade mas de humanidade. Mais a mais, como se sabe, Pedro Proença não acertou sempre dentro do campo.