Queiroz e a sina de todos nós
Carlos Queiroz acaba de anunciar que ficou sem metade das suas poupanças porque foi roubado pelo BES.
Não sei o que vale metade das poupanças do atual selecionador do Irão. Mas estaremos certamente a falar de milhões.
Não é a primeira vez que um homem do futebol surge na praça pública a queixar-se da falência do mercado da ganância. Há não muitos anos foi Jorge Jesus quem ficou – pelos vistos já recuperou parte substancial – sem alguns milhares à conta do BPP.
E até Pinto da Costa recentemente se lamentou do mau investimento feito em ações do BES quando este banco andava já a arrastar-se pelo fundo.
Como todos sabem, os clubes, mesmo os grandes do mundo, não ganham para o que pagam. Os nossos, esses, estão como estão: dependentes dos bancos.
Vem tudo isto a propósito apenas do que já é factual há muito tempo: o futebol torna milionária muita gente.
O que não vale é chorar assim depois de tanta mama. É um insulto para quem vive a contar os tostões e paga o problema do país.