Quaresma: «Raul, perdoa-me!»
Mais um exclusivo BnA, após um telefonema para um quarto de um hotel de Óbidos.
– Ricardo?
– Sim, o próprio.
– Sou eu. O homem que te vendeu os collants.
– Ò sr. Queirós, boa tarde. Foram um sucesso.
– Eu sabia. Foram comprados em Barcelos e ainda bem que não preferiste a versão com coelhinhas da Playboy.
– Também acho. Mas isto está a tomar uma certa dimensão. Já me telefonou o Raul Meireles.
– Sim?
– Tá chateado. Diz que não tinha nada de enrolar o casaco pois só ele tem autorização para andar de saias nos estágios da seleção.
– Manda-o dar uma volta até à Santa Sofia e que leve uma cana de pesca para ver se tira umas tainhas na Boğaziçi Köprüsü.
– Não sejas assim que ainda te proíbem de entrar também no Estádio Cidade de Barcelos. Aproveito o teu telefonema para pedir perdão ao Raul. Juro que nunca mais o tento imitar. Na próxima vez vou de fato de treino.
– Viste algum sapo, pá? Tu és o RQ7! O outro é um androide. Nunca te esqueças disto.
– Qual outro?
– O novo selecionador nacional. Aquele moço que vive a 17 quilómetros do hospital do Ébola.
– Esse também foi convocado?
– Não, foi o Ricardo Carvalho.
– Ah, tá bem. Mais alguma coisa?
– Olha, amigo, vais jogar?
– Tou neste momento a jogar Playstation com o Pepe. Os estrangeiros aqui andam sempre juntos.
– Dá cumprimentos aí ao doutor Fernando Gomes. Diz que tenho aqui comigo umas deusas.
– Um abraço, senhor Queirós, e mais uma vez obrigado pelos collants.
– Não tens que agradecer – são 70 euros mas se pagares em cash são 50.
Entretanto, se estiverem interessados noutro tipo de devaneios.
