Errar é humano (às vezes)
Quando os árbitros erram contra os grandes cai o Carmo, a Trindade e o Panteão Nacional.
Os paineleiros dos regimes choram baba e ranho, os cronistas dos mesmos regimes inventam conspirações e choram também. Porque quem chora, lá diz o povo, não mama. E os três grandes do nosso futebol MAMAM sempre em grande. Contas feitas, é sempre maior o benefício dos tais erros que só às vezes são próprios do homem que o prejuízo.
O que Mário Figueiredo disse há pouco tempo sobre a importância de controlar o Conselho de Arbitragem agora na FPF é um facto que o Apito Dourado apenas relevou. Como se controla o CA? Fácil: colocando lá, através das associações de futebol e da Liga, e também da associação dos paramédicos, quem não ousa mexer no sistema, ou seja, gajos porreiros. Depois, é só manter a rédea curta e quando necessário pedir uma reunião para vetar mais este ou aquele árbitro.
Não, não há árbitros na jarra para certos clubes – há apenas árbitros selecionados para ir para a jarra dos eleitos e outros não…
Mas nada disto importa muito. O que importa é o ruído provocado por paineleleiros e cronistas engajados, apenas a face visível do icebergue. Há formas de coação mais subtis mas não mais celebradas pelos fanáticos do costume.
Os adeptos dos clubes que estão para além do universo dos três grandes sabem do que estou a falar – e eles, ao contrário do que se diz, não são 20 ou 30 mil, são milhares. Mas isso é algo que nós, jornalistas, também ainda não percebemos.