Paulo Bento ainda não está completamente seguro
Muito antes de Portugal arrumar as malas e de espetar a espada na barriga depois de esbarrar na parede, a questão do futuro de Paulo Bento à frente da seleção nacional foi colocada na ordem do dia.
Não foi nada de inesperado. Depois do que aconteceu na fase de qualificação e nos jogos com a Alemanha e os Estados Unidos, seria muito natural questionar a capacidade do treinador para continuar a comandar a chamada equipa de todos nós (sobretudo na hora das vitórias).
Ora, Paulo Bento no Brasil e na qualificação apenas cumpriu o seu destino: foi 2.º classificado, embora na fase de grupos ex-aequeo e sem beneficiar do goal average (isto permitiu-me recuperar o velho jargão futeboleiro, de que são exemplo ainda termos como corner, primodivisionário, acutilante e manutenção).
Paulo Bento não é um treinador empolgante. É um treinador do grupo dos certinhos, conforme já deu para ver. Se isso chega ou não para a seleção, só a direção da FPF poderá avaliar e determinar.
Como todos sabem, este blogue é livre, independente e por vezes atira bolas para o pinhal. Passamos hoje demasiado tempo agarrados à secretária mas a verdade é que continuamos a ter o privilégio de ouvir o que se passa nos corredores do poder. Não estou a falar de bufos porque se falar nesse assunto ia dar importância a quem não a merece nem um bocadinho e seria estar a entregar aos bandidos que andam por aí aos montes.
O que vos posso dizer é que me “cheira” que a situação de Paulo Bento não está completamente resolvida e que há uma margem para o divórcio. Uma margem curta mas plausível. Não é propriamente um vento, é mais uma brisa que aqui chega…e é disso mesmo que dou conta àqueles, e são muitos, que todos os dias passam por este espaço e que é meu mas sobretudo vosso.
