Sinais e sinas
Ainda a procissão vai no adro e muitos são os anunciados profetas da desgraça.
No essencial, é isto:
– O FC Porto está mais forte e provou-o na disputa do primeiro troféu da época. É um facto. Mas há que ter em conta que defrontou um V. Guimarães muito longe do seu esplendor e apenas grande na manifestação de apoio dos seus extraordinários adeptos. De resto, é o que todos sabemos: uma SAD detida por um desconhecido português da África do Sul e o patrocinio nas camisolas de um angolano de que nunca ouvimos falar.
– O Sporting está a por-se a jeito para uma época digna. O triunfo sobre a Fiorentina confirmou o melhor que os leões de Jardim tinham mostrado na pré-epoca. Isto é, uma equipa que pressiona o adversário à saida da bola e que se sabe fechar quando esta estratégia não resulta. Montero promete e o fervoroso adepto de Alá recentemente contratrado também. A má notícia é a insistência de Rinaudo no onze.
– O Benfica está a caminho do abismo e Jesus não se salva. Ora bem, todos sabemos que a pressão é imensa sobre o treinador mas também sobre uma administração está época sem receitas de TV e que ainda não faturou. Nunca se esqueçam da desastrosa pré-época do FC Porto 1986/1987. No mais, o Benfica continua com tudo muito indefinido. Há jogadores na prancha e há demasiado tempo e o caso Cardozo tem efeitos de retardador. Estão reunidos os elementos para uma tempestade perfeita mas a bola é redonda e Jesus, é bom que se lembre, para não ter de ser o próprio a faze-lo, é o mestre da táctica.
– O Sp. Braga está solido. Promete uma época serena, com um futebol estandartizado e jogadores a serem potenciados. Jesualdo nao é o mestre mas é o professor.~
– Quanto aos outros, a Académica de Sérgio Conceiçao tem sobressaído. Gosto do Sérgio. É como treinador o que foi como jogador. Gostava de o ver vencer no clube do seu coração.~
– O Estoril segue em frente no sonho europeu. Marco Silva confirma-se como um treinador do presente e do futuro e o seu diretor desportivo, o matosinhense Mário Jorge Branco, fez bem em permanecer na Amoreira, resistindo ao canto da sereia da Luz.