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Tenho o privilégio de ter em Jaime Pacheco um amigo. Conheço-o desde o tempo em que chegou ao FC Porto com uma mala de cartão, vindo do Aliados de Lordelo, para se afirmar numa equipa cheia de ved..." /> — ler mais..

Tenho o privilégio de ter em Jaime Pacheco um amigo. Conheço-o desde o tempo em que chegou ao FC Porto com uma mala de cartão, vindo do Aliados de Lordelo, para se afirmar numa equipa cheia de ved..." /> Jaime Pacheco: este país nunca te vai entender - Bola na Área - Record

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Jaime Pacheco: este país nunca te vai entender

20 Novembro, 2012 961 visualizações

Tenho o privilégio de ter em Jaime Pacheco um amigo.

Conheço-o desde o tempo em que chegou ao FC Porto com uma mala de cartão, vindo do Aliados de Lordelo, para se afirmar numa equipa cheia de vedetas. Fê-lo com a sua qualidade, a sua preserverança, trabalho e também com a qualidade que sempre teve como futebolista.

Não vou esquecer nunca uma equipa que tive o prazer de fazer na Gazeta, com o Virgílio Neves, com os dois Jaimes: o Pacheco e o Magalhães. A manchete foi: ESTE FUTEBOL QUE J'AIME. Foi o meu nirvana nestas lides de fazer capaz de jornal, ciência que parece simples mas que, tal como é fácil comprovar, não está ao alcance de qualquer um. Naquele dia penso que fomos felizes.

(infelizmente, perdi o rasto a esse jornal, talvez o Virgílio Neves o consiga recuperar)

Jaime Moreira Pacheco teve uma longa carreira como futebolista e antes de a terminar começou a treinar. Foi, por isso, um treinador precoce. Por onde passou deixou sempre a sua marca, como agora aconteceu na China, onde esteve dois anos e saiu aos ombros dos adeptos do Beijing Guoan.

 

Não sei se estão bem lembrados mas Pacheco conseguiu a proeza de ser campeão no Boavista, na época de 2000/2001.

Ok, mas já todos sabemos que só foi campeão porque os tradicionais grandes estavam distraídos e porque foi beneficiado pelas arbitragens, para além de ter tido a sorte de ver bolas bater no poste e entrarem.

Curiosamente, apesar de ter sido campeão num clube improvável, Pacheco nunca teve um convite a sério para treinar Benfica, Sporting ou FC Porto. Provavelmente nunca terá.

Os factores de exclusão são vários: é demasiado irreverente, não é metodológo, não quer saber o que é uma transição rápida e usa vernáculo quando muito bem entende.

Cada um tem o que merece e a verdade é que em alguns clubes até o porteiro serve para treinar.

Como, repito, tenho o privilégio de conhecer bem o Jaime Pacheco, tenho a certeza que vai continuar a ser muito feliz nos clubes que nele acreditarem. Porque Pacheco para além de ser um homem de trabalho é também um treinador muito competente. E um homem bom, amigo dos seus amigos, generoso, humilde e disponível.

Não há muitos assim. O Jaime é um deles.