Peço desculpa mas sou cigano
Anda meio país a falar da carga policial sobre o grupo anarco-sindicalista que fez o último pífio cerco a S. Bento e ninguém fala do que aconteceu no estádio do Rio Ave.
A equipa de Nuno Espírito Santo não é por acaso a sensação do campeonato pois já está a preparar-se para o pior, tendo aprendido técnicas de defesa com a PSP local. A imagem que estão a ver é apenas uma simulação e, não, não, nenhum dos jogadores é cigano.
Tenho um amigo que é e que costuma apresentar-se assim:
– Peço desculpa mas sou cigano.
Ora, Ricardo Quaresma não precisa de pedir desculpa pois é um cigano rico e foi um rico cigano quando correu em socorro da mãe, que acabara de ser assaltada por um cigano.
Durante algum tempo, mantive um civilizado quid pro quo com o meu amigo e camarada Nuno Barbosa pois puxei dos galões que então tinha nos ombros – e que entretanto desapareceram, sem deixar saudades, para parte incerta – porque ele insistia em chamar Cigano quando se referia ao então portista Ricardo Quaresma. Ficou apenas Mustang.
Dou agora a mão à palmatória.
Isto é, peço desculpa.
Cigano é cigano mesmo quando conduz um Mustang.
PS – Quem foi que disse que acabou o policiamento nos estádios?