O sistema existe mas não é o que dizem que é
O sistema continua a andar na boca de toda a gente.
Dias da Cunha foi um dos mais sistemáticos na abordagem ao tema. Mas já lá vai, tendo deixado o Sporting entregue a jovens turcos que rapidamente trataram de atirar o clube para um buraco de onde vai ser difícil sair, sem que o SISTEMA tenha sido propriamente o grande causador dessa situação.
O que é, afinal, o sistema?
Resumindo, uma rede que agregaga influências, juntando jogadores, treinadores, dirigentes, árbitros, empresários de futebol, jornalistas e outros atores do futebol português.
Mas, ao contrário do que muitos pensam, o sistema não é totalitário. Ou seja, não absorve todos os agentes do universo do futebol e muitas vezes aqueles que o combatem são mesmo os que mais estão enterrados no próprio sistema.
O sistema usa o medo como combustível. Pretensamente defende os que o integram mas deixa cair rapidamente mesmo os mais servis. O sistema não tem coração e os seus criadores não olham a meios. Como qualquer sistema que se preze, afinal.
Nos últimos anos, o sistema mudou. Abrandou mas não parou. Esteve algum tempo parado a ver no que paravam as modas.
Hoje, dá sinais de querer voltar a acelerar, embora algo confundido com a crise que toca a todos.
A grande virtude deste sistema é que os seus protagonistas muitas vezes são os mesmos que mais se assumem contra o mesmo sistema.
O que torna tudo muito divertido.