Gomes e Iniesta: o chouriço e o presunto
Iniesta o melhor do Mundo na última época.
Justíssimo. É um jogador de equipa e uma das imagens de marca deste fantástico Barcelona. Andrès foi campeão do Mundo de clubes e campeão da Europa de Seleções. Cristiano Ronaldo foi campeão nacional e semi-finalista no europeu. Messi foi apenas campeão mundial de clubes. Não é preciso dizer mais nada. Mas Fernando Gomes, presidente da FPF, quis dizer, considerando esta eleição “uma tremenda injustiça”.
O povo chama a isto meter o bedelho onde não se é chamado.
Recomendo ao antigo presidente da Liga a leitura desta reflexão do meu ex-colega de secretária no JN, Pedro Olavo Simões, um jornalista de escrita fina:
O futebol é um jogo de equipa, pelo que é justo premiar um grande jogador, daqueles em que as equipas se fundam e sem os quais não subsistem de forma constante e sustentada. Os outros, que maravilham, fazem habilidades e decidem jogos sozinhos, de vez em quando, são premiados diariamente pela paixão que despertam, mesmo que nem sempre estejam à altura dela. Os prémios resultam da razão, e os tais craques mirabolantes povoam, por serem desencadeadores de emoções, o mundo dos sonhos. Premiar a realidade trabalhada e, talvez, mais exigente de Iniesta é bonito, enquanto reconhecimento pela dimensão colectiva da modalidade.