PC, o MP e os papistas
Sem querer meter a pata onde não sou chamado, não deixei de achar curiosa esta conclusão dada a estampa no JN de hoje sobre o jogo judicial disputado pelo Ministério Público e por Pinto da Costa.
Para o JN, PC está a golear o MP e muito em especial o tandem Pinto Monteiro/Maria José Morgado.
Conclui o JN que PC venceu todos os processos abertos e reabertos pelo Ministério Público. É quase verdade.
Mas o facto de PC ter vencido todos os processos não invalida os factos que se conhecem e mesmo a condenação de que foi alvo por parte da Comissão Disciplinar da Liga e do Conselho de Justiça da FPF por tentativa de corrupção desportiva.
O presidente do FC Porto saiu de forma airosa dos processos que lhe caíram nas costas mas sofreu um bocadinho e teve de passar uns dias num parador de Tuy. E não fosse a intervenção de um advogado suiço e algo de muito sério podia ter acontecido aos azuis e brancos nas competições europeias…
Mas o que lá vai, lá vai (pelo menos na parte que me toca, que é igual a zero).
Não havia necessidade era do JN querer ser mais papista que o próprio papa, apesar da capa do passado dia 1…
O que se entende, porém, numa lógica que uns podem considerar regionalista e outros provinciana. Na minha opinião, é apenas uma perspetiva. Prefiro isto às zonas cinzentas. Pinto da Costa gosta, os portistas aplaudem e o MP vira-se para o lado.
Quando vivi em Lisboa percebi depressa que há parolos em todo o lado.
COMENTÁRIO EM DESTAQUE
julio moreira disse em 17-01-2012 às 18h31
Declaração de interesses.
Sou lisboeta. Nasci aqui vai em 63 anos.
Portanto tenho alguma legitimidade para dizer que também eu gostaria que não existisse centralismo em Portugal.
Aquele que existe, ao contrario do que apregoam, quando lhes dá jeito, os lideres de qualquer poder regionalista, é o centralisno da classe politica, focado sempre nos mesmos a comerem á mesa do Poder.
Um centralismo feito de compadrios e distribuição de lugares de mando feito numa qualquer sede partidária, e não só. Sobretudo no “não só”.
Portanto enxerguem uns patamares mais acima e conbatam o único centralismo que existe em Portugal.
O resto são manobras de diversão que, infelizmente, têm sempre audiencia, porque as pessoas esquecem, e muitas vezes nem vislumbram, porque a isso são deliberadamente induzidas, o essencial e gastam energias a discutir o acessório.