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Bola na Área

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Alegremente a caminho do abismo

4 Dezembro, 2011 916 visualizações

O “Público” de hoje faz um interessante artigo sobre o percurso das SAD dos grandes clubes na bolsa de valores, concluíndo que nem estas sociedades ganham com a sua presença no mercado de capitais nem este sai valorizado com isto.

Como refere António Samagaio, professor do ISEG, “o modelo de negócio das três SAD está sustentado no endividamento crescente” pois o negócio em si “não gera riqueza”.

No fundo, é esta também a sina das finanças da nação. Mas a nação, pelo menos, já tirou a tesoura do coldre dourado.

As SAD, não.

Continuam a ter, para além dos jogos florais do costume, que apenas animam a conversa de tasca, uma postura autista. Ou seja, a pagar vencimentos milionários e a comprar jogadores, embora muitos deles rapidamente acabem vendidos a estranhos fundos que depois comem grande fatia das mais valias.

As comissões, essas, continuam a ser distribuidas de forma generosa.

A realidade nua e crua é esta:

– O Benfica entrou na bolsa em 2007, as suas ações já estiveram a valer 6 euros e hoje valem 72 cêntimos.

– O FC Porto foi o primeiro a entrar e os seus papéis chegaram a valer 7,64 euros – hoje valem 50 cêntimos.

– O Sporting, por seu lado, teve o seu papel nos 8 euros quando foi campeão em 2002 e hoje o mesmo vale 48 cêntimos.

As três SAD acumulam prejuízos de 270 milhões de euros e se é verdade que a SAD portista teve lucro nos últimos cinco anos também é um facto que continua a derrapar.

Dir-me-ão que este é um negócio de risco. Concordo. Mas a atual conjuntura não está para mais aventuras. Esta fuga para a frente pode mesmo vir a ter como meta um abismo sem fundo, como o poço onde caíram milhões de euros com destinatários desconhecidos…

Como diz um amigo meu dirigente, o futebol criou milionários mas os clubes até o seu património hipotecaram.