Ok ko ou como o futebol é diferente
Várias são as teorias sobre o sucesso do futebol nos últimos 120 anos.
Uma delas foca-se no facto de as regras do “associatian” terem mudado pouco.
Outra centra-se no fora-de-jogo.
Há quem diga também que o ser humano acha notável que se consiga fazer com o pé muitas vezes o que não se consegue fazer com a mão (embora os últimos acontecimentos no nosso campeonato digam o contrário).
Por fim, também se valoriza o seu valor catársico.
Penso que o sucesso da modalidade deve-se a um pouco de tudo.
Mas também à sua organização. Os jogos podem ter primeiras partes de 80 minutos mas por norma disputam-se e começam a horas. Houve tempos em que se ganhavam com moeda ao ar mas até isso (felizmente) acabou.
Compare-se o futebol com o hóquei em patins (modalidade espectacular de pavilhão).
No passado sábado, por exemplo, passei pelo pavilhão do Juventude de Viana e vi o Benfica ganhar uma Taça Continental sem jogar. Mais divertido ainda, os jogadores encarnados festejaram o feito no pavilhão e no jantar que se seguiu na Casa do Benfica de Monção.
O futebol pode continuar contaminado por mafias mas a verdade é que não me lembro de o ver descer a níveis tão caricatos. O que também explica o seu sucesso.