Milionários da bola: o capitalismo no seu esplendor
Não vamos comentar este caso mas apenas o simples facto de João Vieira Pinto ser dono de três millhões de euros que tinha guardados numa offshore.
É muita massa!
Tal dá-nos uma ideia perfeita das fortunas que os futebolistas de elite podem acumular e da quantidade de dinheiro que o futebol faz circular, gerando também fortunas em “comisiones”.
Como diz um dirigente que conheço bem, “os clubes estão cada vez mais pobres e os futebolistas cada vez mais ricos”.
Diz isto quem se importa com o seu clube e não quem passa por lá apenas para fazer a sua fortunazita, depois avidamente cobiçada pelos herdeiros.
Está para nascer o dia em que em teremos em Portugal uma investigação a sério sobre os dinheiros que circulam no futebol, incidindo sobre aqueles que usurpam quantias significativas valendo-se do estatuto que lhes é conferido pelos associados/fanáticos.
O futebol é um lugar apetecível pois é sabido que aí o “guito” circula quase sem controlo. É fácil enriquecer mesmo quando as sociedades desportivas e os clubes desfalecem financeiramente.
Para além do mais, a posição de presidente do clube abre muitas portas e fortalece o empresário. É uma via verde para o sucesso empresarial.
Obviamente, neste circuito há sempre quem tenha acidentes.
Foi o que aconteceu no Boavista, um clube à beira de extinção.
É sempre necessário sacrificar um trapezista neste circo onde os palhaços somos nós, os apreciadores da modalidade.