Evangelista prega no deserto
Hoje vi Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores, a insurgir-se contra as transferências milionárias em tempo de crise e o excesso, ou melhor: a overdose, de jogadores estrangeiros nas equipas portuguesas.
O transmontano Evangelista está isolado. É a única voz que se faz ouvir para além da cortina de silêncio montada pelo sistema.
O Governo lava as mãos pois tem mais com que se preocupar.
A associação dos treinadores não tem que se queixar pois todos andam à procura de novos Mourinhos ou Villas-Boas.
Os dirigentes, esses, lá continuam de pedra e cal, imunes a qualquer limitação dos respectivos mandatos.
E o clubes, como disse, e bem, Evangelista, continuam cada vez mais pobres enquanto não se sabe para onde vai o dinheiro das tais transferências milionárias, não estando ninguém propriamente muito interessado em apurar os factos…
Eu, por acaso, acho que sei para onde vai mas como não sou kamikaze, embora às vezes faça por isso, por aqui me fico gozando o que resta das férias e com a alma cheia depois de duas semanas de escavações no Outeiro do Mouro, em Fronteira, de que vos deixo os seguintes registos: