MOURINHO COMEU-OS DE CEBOLADA
O mesmo sprint de Sevilha ou de Old Trafford. Mourinho em êxtase. O melhor treinador do mundo não levou um autocarro para o Camp Nou, levou toda a frota da Carris e da STCP e ainda as camionetas da Resende.
Confesso que só me concentrei no jogo a partir do minuto 56. O que vi até ao fim foi o maior espectáculo táctico que passou à frente dos meus olhos.
Não era um jogo de futebol, era um jogo de andebol. Com o Barça a tentar atirar à baliza mas a esbarrar numa linha de nove homens que cercavam a área italiana. Algo que me fez lembrar o cerco de Lisboa. Ganhou quem defendeu, e bem, o castelo. Perdeu quem usou todos os recursos que tinha para conseguir derrubar as muralhas.
José Mourinho mostrou que o futebol é como a guerra – o mais importante não é o poder de fogo, a vantagem do terreno, o apoio popular. O mais importante continua a ser o querer. Um querer pensado e logo executado. Uma máquina perfeita. Feia mas perfeitamente sublime.
O Inter de Mourinho fica para a história pelo que fez no Camp Nou.
O futebol nunca mais será o mesmo, em termos tácticos e estratégicos, depois do que aconteceu esta quarta-feira à noite.