PALHAÇOS ENTRE LINHAS
Estava agora mesmo a ver um programa de debate desportivo no Porto Canal e confesso que estava quase a fechar o olho quando comecei a ouvir falar em entrelinhas, ataques rápidos, segundas bolas e expressões afins do novo léxico do futebol, como se sabe linguagem corrente nas nossas faculdades de desporto que continuam a formar hordas de especialistas na matéria. Ok, tudo bem, há uma coisa chamada evolução e aceito que se dêem novos nomes a coisas velhas. Há muito tempo que as grandes marcas utilizam este caminho. O que não entendo é que se perca tanto tempo para dizer tão pouco. Mas, lá está, às vezes é preciso encher o chouriço – e acreditem que, com quase 30 anos de jornalismo desportivo, sei do que estou a falar – e também seguir na onda. Por isso é que cada vez mais admiro treinadores como Cajuda e até o próprio Jorge Jesus. Para além de terem patine, falam uma linguagem que eu entendo mesmo quando percebo que tudo o que estão a dizer não passa de ser palhaçada. Mas também é verdade que um circo sem palhaços não tem graça nenhuma, sobretudo quando os leões são mansos e o dragão ficou a vender pipocas…
PS – Pinto da Costa está quase ao nível do José Sócrates, isto é, fala quase todos os dias e nos momentos mais improváveis, como aconteceu hoje na apresentação de um livro do Dr. Dietas, o tal que a ex-primeira dama quis maltratar quando sentiu que uma consulta domicilária não tinha corrido bem.
