1. O Sporting, 5-Skënderbeu, 1 criou uma ilusão a que nem o experimentado Jorge Jesus conseguiu fugir. Depois da goleada aos albaneses com uma equipa alternativa, na sequência da vitória alcançada no dérbi, instalou-se no Sporting aquela dinâmica tipo “já entrámos em velocidade de cruzeiro, venha quem vier, é trigo limpo, farinha amparo”. Ao contrário do que pensa a maioria, desta vez, na Albânia, o treinador dos leões não subestimou a competição europeia em favor das provas nacionais. A verdade é que JJ estava convencido que era possível ganhar à grande, fosse onde fosse, com o onze que julgasse mais conveniente. E perdeu à grande. Em Alvalade, é tempo de fazer a primeira “revisão epistemológica” dos princípios competitivos para a época 2015/16.

2. Quem pegou na folha com as equipas escaladas para o Benfica-Galatasaray e percebeu que Rui Vitória escolhera jogar no meio-campo com um eixo central constituído por André Almeida e Talisca pensou: “Desta vez é a sério, o Benfica vai mesmo levar forte e feio em casa”. Ganhar com esta dupla em campo prova duas coisas: o treinador do Benfica acredita mesmo naquilo que está a fazer; os jogadores acreditam naquilo que o treinador lhes diz. Ainda.

3. Layún é, a par de Casillas, a grande contratação do FC Porto, uma das melhores da Liga. Vê-se no mexicano a solidez que há em Maxi Pereira, acrescida de maior profundidade, capacidade de remate e, também, classe. O problema no Dragão continua a ser o de sempre: Lopetegui. A boa notícia para os dragões é que a partida com o V. Setúbal se joga em casa.

4. É extemporânea a chamada de Gonçalo Guedes à Seleção Nacional. O Atlético Madrid-Benfica permitiu-lhe voltar a ser “a esperança”, na sequência de um Mundial Sub-20 dececionante, e provou que Guedes tem matéria, mas ainda não é de equipa A. Deixem-no crescer sem queimar etapas, perigosamente.

5. Foi extraordinária a demonstração de afeto dos adeptos do Chelsea ao seu treinador. Mourinho é demasiado grande para se perder em teorias da conspiração que envolvem árbitros e disciplina. Ele está acima disso, alguém lhe faça perceber que as suas energias devem ser canalizadas para convencer um plantel avaliado em mais de 540 milhões de euros a render mais.

6. Miguel Oliveira pode lá chegar, ao título mundial de Moto3. Que seja, que a mota não se engasgue. Portugal precisa de uma aceleradela no ânimo.

7. A partir de agora vai ser assim: às sextas, a Semanada far-se-á ler. Sem prejuízo de outros textos que houver para escrever.