“Não é perseguição. Eu não vivo de fantasmas. Trata-se de decisões que os árbitros têm tido e que têm prejudicado o Sporting, mas, acredito, que sem intencionalidade.” Jorge Jesus falou, mas poucos o ouviram, ou então optaram respeitosamente pelo silêncio. Estas declarações do treinador leonino a seguir à vitória sobre a Académica representam uma evolução, depois de uma série de jogos de alta tensão em que foram reclamados prejuízos causados pela arbitragem. Em que soaram os alarmes, foram invocados lutos antigos, recuperadas teses conspirativas e feitos estudos sobre os arbitros pró e contra.

Jorge Jesus sabe que não é com vinagre que se apanham moscas. E inverteu a estratégia de confronto: sim, o Sporting tem sido prejudicado, mas trata-se de mera coincidência, não há perseguição dos árbitros.

O próximo passo dessa estratégia será ouvir Jorge Jesus reconhecer um eventual erro que possa beneficiar o Sporting. Vai ser bonito de ouvir.