“Estou aqui há cinco épocas e há seis que dizem que vou sair”. É assim a vida de Gaitán. Por ser tão bom jogador, provavelmente o melhor da Liga, está sempre de saída, seja para o Manchester United, o PSG ou o Valencia. A Juventus, o Atlético Madrid ou o… Al Ahli. Mas continua no Benfica, com uma cláusula de rescisão de 35 milhões de euros.

É um exagero de linguagem dizer que ninguém pega no melhor “assistente” do campeonato português, um 10 que joga na esquerda, mas anda por todo o campo a desequilibar – agora a partir até de terrenos mais recuados -, mas ele vale o que vale. Na verdade, o mercado não aceita pagar por Gaitán os 35 milhões de euros que o Benfica exige para o libertar e ele também não está num clube qualquer, a fazer economias, para se ver obrigado a trocar Portugal por qualquer arábia. Por isso, vai ficando, a jogar bem e a resolver grandes problemas.

Para uma grande transferência, o valor de mercado de Gaitán tem de ser incrementado e isso só será conseguido mais rapidamente com a sua afirmação na seleção argentina. E o que tem sido a sua carreira internacional? Pré-convocatórias, jogos no banco, uns minutos de jogo aqui, outros ali. Na verdade, a afirmação de Gaitán tem-se resumido à competição interna, em Portugal. De resto, Ferguson fisgou-lhe uma vez uma assistência deliciosa para Cardozo, num Benfica-Manchester United… mas Ferguson já não é treinador e Gaitán ainda é e continuará a ser jogador do Benfica. Porque vale o que vale: muito em Portugal, menos do que o Benfica gostaria no grande mercado internacional.