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É uma imagem, já com 62 anos, que perdura na minha memória: a de uma capa de jornal, creio que do Diário Popular, com uma foto a toda a largura da primeira página e uma manchete simples: Mancha. Ne..." /> — ler mais..

É uma imagem, já com 62 anos, que perdura na minha memória: a de uma capa de jornal, creio que do Diário Popular, com uma foto a toda a largura da primeira página e uma manchete simples: Mancha. Ne..." /> Quinta do Careca - Record

Quinta do Careca

Baptista Pereira, o nadador que deu banho ao crocodilo

31 Agosto, 2016 0

É uma imagem, já com 62 anos, que perdura na minha memória: a de uma capa de jornal, creio que do Diário Popular, com uma foto a toda a largura da primeira página e uma manchete simples: Mancha. Nesse sábado, 21 de Agosto de 1954, o país delirava com a notícia, divulgada pela rádio, da vitória na maratona da Mancha – a travessia do canal, entre Calais, França, e Dover, Inglaterra – de um dos mais extraordinários atletas portugueses de sempre: Baptista Pereira, então com 33 anos.

O nadador de Alhandra…

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O elixir de Alvalade ou a descoberta da pólvora

29 Agosto, 2016 0

Reza a lenda que na China do século IX, ao procurar criar o elixir da imortalidade, um grupo de alquimistas descobriu a pólvora. Também o Sporting recorreu a um alquimista, Bruno de Carvalho, para inverter o rumo das desgraças que se sucediam em Alvalade e descobrir a pólvora. Podia é tê-lo tido mais cedo, logo nas eleições de 2011, quando Bruno tinha a batalha ganha até às 18 horas, para depois aparecer, sobre o fecho das urnas, a brigada do reumático, carregada de votos, a virar a coisa para o lado de Godinho Lopes, um azar dos diabos.

Conflitualidade permanente. O presidente leonino percebeu, desde a primeira hora, que a prioridade era recolocar o Sporting no mapa de que sucessivos erros desportivos e de gestão o tinham retirado. Daí as polémicas, os remoques, os contra-ataques, a estratégia da conflitualidade permanente. E a preocupação da comunicação. A saída de João Mário para o Inter foi “compensada”, no próprio dia, com o anúncio da maior transferência de sempre de um jogador português para o estrangeiro e a contratação de Pedro Delgado – valha ela o que valer. Antes do clássico de ontem, soube-se, quase em simultâneo, da partida de Slimani e do desembarque de Bas Dost.

Euforia controlada. São atos normais de uma gestão profissional? Sim, mas transmitem confiança aos adeptos e à estrutura, e geram um entusiasmo que se transmite aos jogadores, que retomaram o hábito de vencer e veem os companheiros, que se valorizaram, conquistar o direito a novas carreiras e melhores salários. Foi esse clima de euforia controlada que esteve na base da volta que os leões deram ao resultado. Dominados na parte inicial do encontro e em desvantagem no marcador, tiveram alma e talento para chegar à vitória.

Barato. Contratar Jesus foi o pozinho decisivo no êxito da poção do alquimista de Alvalade. Com a ida à Champions e as vendas de jogadores, já ninguém se lembra dos milhões do salário de um técnico que se pode até considerar barato. Caros são os que auferem menos e não metem dinheiro em casa.

Mestre. No jogo com o FC Porto, encontrámos três bons exemplos dos milagres de Jesus: Bruno César –  que exibição! –, João Pereira e Bruno Paulista. O primeiro errou pelo Mundo e exilou-se no Estoril, o segundo foi corrido do Valência – por Nuno Espírito Santo (!) – e esteve meio ano sem clube, e o brasileiro parecia perdido na equipa B. Pois aí estão eles, de regresso ao alto rendimento, simplesmente porque na sua vida lhes apareceu um mestre.

Contracrónica, Record, 29AGO16

Um silêncio atroz

28 Agosto, 2016 0

Ao vermos as imagens de destruição e morte resultantes de atentados, incêndios ou terramotos sentimo-nos – caso sejamos pessoas normais – em estado de prostração. É mais duro para quem sofre, no corpo e na alma, o desaparecimento do que era até então o seu mundo, mas aos telespectadores é dada a sua parte de dor e desolação. A emoção, e quanto mais forte melhor, é o “filet mignon” dos telejornais – nem quereríamos que assim não fosse.

Digo-o por mim: o sismo de quarta-feira, em Itália…

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A lembrança de Constança

25 Agosto, 2016 0

Estou seguro que não faltará quem deteste a ministra Constança Urbano de Sousa – a que um pivô de telejornal chamou há dias Constança Cunha e Sá – pelo facto de ser mulher ou, nos casos de maior tolerância, por ser uma mulher a tutelar a complexa pasta da Administração Interna, que tem sob a sua alçada instituições com tarefas, soit-disant, próprias para homens.

Goste-se dela ou não…

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Desilusão olímpica ou talvez não

22 Agosto, 2016 0

Não estive só: largos milhares de telespectadores aguardaram longuíssimos minutos na esperança de ver chegar à meta, no sambódromo do Rio de Janeiro, os nossos maratonistas. Foi tão penosa a espera como dececionantes as provas de Rui Pedro Silva, 123.º, e Ricardo Ribas, 134.º, que as concluíram depois de vários atletas fisicamente diminuídos, coxos mesmo, e muito longe dos representantes de países sem historial, como estónios ou guatemaltecos, líbios ou georgianos, ruandeses ou mongóis. E com tempos próprios de participantes populares em provas caseiras – algo que um país que teve Carlos Lopes e Rosa Mota como primeiras figuras de uma plêiade de grandes fundistas podia e devia ter evitado. Se não havia melhor, não íamos, paciência.

Dito isto, ponto de ordem à mesa: chegar ao fim de uma maratona é um êxito, passar anos a fio de privação de outros interesses da vida para uma entrega total ao desporto é altamente meritório, quer venham a seguir vitórias ou insucessos. Direi mais: quem, como eu, nunca correu uma maratona, não tem autoridade moral para criticar os que enfrentam a dureza da corrida e lutam até ao limite das forças. Tiro-lhes por isso o chapéu, apesar de esperar mais da sua participação, e da dos restantes portugueses, nos JO.

Mas a verdade é que não faltaram diplomas olímpicos, uma medalha, boas classificações e exemplar dedicação. Como a daquele atleta que passou quatro anos a viajar em “low cost” e a dormir em aeroportos para poder competir. E é aí que está o cerne do problema. O fim do consulado de Vicente de Moura não deu, desgraçadamente, lugar à renovação e ao advento de novas políticas e de uma nova mentalidade. E sem isso, nada feito.

Canto direto, Record, 22AGO16

Passos joga o tudo ou nada

21 Agosto, 2016 0

Há muito que não se via tão desenxabida a festa social-democrata do Pontal, e ou os canais de TV acertaram uma estratégia anti-PSD e divulgaram o pior do discurso de Passos Coelho, ou a coisa está preta. Os analistas coincidem na falência da mensagem de Passos

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O romance de Ana Corvo e Gerhard Berger começou assim

19 Agosto, 2016 0

A capa de uma das últimas edições da revista flash! apresentava o casal do momento: Heidi Berger, de 19 anos, e Lourenço Ortigão, de 27, actores de A Única Mulher, a novela da TVI que lidera as audiências. Mas a novidade foi desmentida noutra publicação e a filha do ex-piloto austríaco de F1, Gerhard Berger, de 57 anos, e da ex-manequim portuguesa Ana Corvo, de 50, parece continuar com o namorado, Mortimer, com o qual ainda surge na foto de capa do Facebook…

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CorvoC

Viagem paga a Estugarda para ver o Benfica perder a final de 1988

16 Agosto, 2016 0

O PSV Eindhoven era, na já distante época de 1987-88, uma equipa acessível ao Benfica, pese a condição de triplo campeão holandês. Passara dos quartos às meias-finais da Taça dos Campeões Europeus empatando os dois jogos com os franceses do Bordéus (1-1 fora e 0-0 em casa) e seguira para a final através de duas igualdades com o Real Madrid (1-1 no Bernabéu e 0-0 no Philips Stadium), desempatando de ambas as vezes a seu favor graças aos golos apontados fora. E ganharia a final ao Benfica com o seu quinto empate consecutivo (0-0) – e apenas dois golos marcados em cinco jogos! – no Neckarstadion de Estugarda, na Alemanha, a 25 de Maio de 1988, após marcação de penáltis (6-5)…

Delta2

Com Luís Norton de Matos, antes do cruzeiro no Reno

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Seis nomes

15 Agosto, 2016 0

Foi um fim de semana pródigo em proezas e fracassos, surpresas e confirmações. Escolho, quase ao acaso, seis dos muitos protagonistas.

Rui Vitória. Continua a contrariar todos os maus agouros com que há um ano o mimoseámos. A afirmação plena de Pizzi, a explosão de André Horta e a recuperação de Gonçalo Guedes aí estão, logo a abrir a época, como prova de fogo.

Adrien. Mais um excelente desempenho, com o Marítimo, no seguimento do grande Europeu que realizou. Não há propostas para sair de Alvalade simplesmente porque nada tem lógica no futebol.

Diego Reyes. Outro mistério, o do central, de novo de partida do FC Porto. Em Espanha e na seleção mexicana exibiu-se a bom nível, mas para o Dragão não serve. Por que será?

Michael Phelps. Passei uma semana a deitar-me às quatro da manhã para ver o maior desportista de sempre nadar e juntar mais cinco medalhas às 23 que já tinha, um recorde para perdurar por décadas. Quem não aproveitou, azar, acabou: foi um adeus definitivo e inesquecível.

Rosa Mota. Não sei porquê lembrei-me da menina da Foz, de Fernanda Ribeiro, de Manuela Machado, de Aurora Cunha… E dos tempos em que sobrava pundonor, não se corria de trás para a frente, não se dissimulavam lesões, nem se comemoravam serviços mínimos como vitórias.

Rui Jorge. Na hora da derrota e do final do sonho, sinto um imenso orgulho no que conseguiu a seleção olímpica e o seu selecionador. Chapeau!

Canto direto, Record, 15AGO16

A tese do fogo posto esconde o que não foi feito

13 Agosto, 2016 0

O truque repete-se e a tragédia também: temos já metade da área ardida da UE. Impotentes perante a calamidade, os responsáveis pela organização do combate recorrem à gasta tese do fogo posto. Foi o que fez há dias, na RTP, Jorge Gomes, secretário da Administração Interna, ao lançar a suspeita de crime sobre os sinistros que se iniciam de noite.

Tenta-se, desse modo, tirar o foco do que não se fez…

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