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Desapareceu hoje, aos 78 anos, o antigo capitão, campeão e treinador campeão do Sporting, Fernando Mendes. Foi um dos mais extraordinários futebolistas que vi em ação, um executante de nível superi..." /> — ler mais..

Desapareceu hoje, aos 78 anos, o antigo capitão, campeão e treinador campeão do Sporting, Fernando Mendes. Foi um dos mais extraordinários futebolistas que vi em ação, um executante de nível superi..." /> Quinta do Careca - Record

Quinta do Careca

Grande Fernando Mendes, que saudade!

31 Março, 2016 0

Desapareceu hoje, aos 78 anos, o antigo capitão, campeão e treinador campeão do Sporting, Fernando Mendes. Foi um dos mais extraordinários futebolistas que vi em ação, um executante de nível superior, um virtuoso que era ao mesmo tempo rápido, combativo e galvanizador, um médio que jogava pouco para o lado e muito para a frente.

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Tendo sido um dos mais influentes jogadores na qualificação da Seleção para o Mundial de 1966, mandou o destino que uma grave lesão num joelho (em Bratislava, no decisivo Checoslováquia, 0 – Portugal, 1) o impedisse de integrar a equipa dos Magriços – seguiu na comitiva para Inglaterra mas ficou na bancada. Portugal, que “perdeu” Germano logo no início da fase final, poderia ter chegado mais longe com a participação de ambos na plenitude das suas capacidades, mas a vida não o quis assim.

Ligado ao Sporting ao longo de três décadas, como jogador Fernando Mendes foi campeão nacional júnior, em 1956, e sénior, em 1958 e 1962, e capitão da equipa que conquistou a Taça das Taças, em 1964. Como treinador foi também campeão nacional de juniores, em 1993, e de seniores, em 1980.

O futebol português fica mais pobre e eu perco hoje mais uma das minhas maiores referências. Grande Fernando Mendes, que saudade!

Em Leiria falharam os improváveis

28 Março, 2016 0

Depois da derrota de sábado com a Bulgária, cuja seleção é a 70.ª (!) do Planeta, Portugal cairia do 7.º lugar para o 9.º, no ranking da FIFA, pelo que se as coisas voltarem a correr mal amanhã, contra a Bélgica – ainda líder da lista mundial mas matematicamente já 2.ª, atrás da Argentina que ganhou ao Chile – é mais do que certo que sairemos do top 10 da elite do futebol quando a Federação Internacional divulgar o escalonamento de março.

Não vale a pena alinhar em loas à Seleção e ao selecionador sempre que ganhamos para acabarmos na autoflagelação nacional quando o que se imaginou maravilhoso deu para o torto. Deixemos igualmente de parte a habitual treta da falta de humildade e de empenho dos jogadores, e o também recorrente chorinho por nos faltar um 9 ou um 10, ou os dois, como é o caso.

Basta atentarmos nos desempenhos atípicos de Pepe e de Cristiano Ronaldo, melhores entre os melhores e que transportam o peso tremendo da época paupérrima do Real Madrid. Não são felizes, não estão em forma, jogam sem confiança. O central permite o golo búlgaro numa trapalhada de principiante e o capitão tomba numa falha improvável: é que já não convertera, seis dias antes, para a liga, um penálti, pelo que este “deveria” ter resultado em golo. Afinal, são 18 insucessos em 108 tentativas, o que dá uma concretização de 83,3%.

A pergunta que se coloca é: se Cristiano e Pepe não andassem azarados, e se Portugal tivesse vencido por 1-0, haveria tanta crítica a debitar barbaridades? Não, não haveria, mas se os “ses” contassem também não haveria futebol.

Canto direto, Record, 28MAR16

Um talento arrasador

26 Março, 2016 0

O aniversário da CMTV não me permitiu dedicar, como seria natural, a crónica de há uma semana à morte de Nicolau Breyner. Faço-o agora não porque o funeral tenha impressionado…

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Luís Pinheiro de Almeida, o jornalista doutorado em Beatles

25 Março, 2016 0

Por estes dias, ao procurar trabalhos sobre Nicolau Breyner, esbarrei numa entrevista feita ao actor e realizador, para a revista Élan, por um jornalista notável: Luís Pinheiro de Almeida. Nascido em 1947, ele é também um homem da rádio e em particular da música, com obra publicada – Enciclopédia da Música Ligeira Portuguesa (1998), Beatles em Portugal (2002) e Biografia do Ié-ié (2014) são livros de referência de que é autor ou co-autor. É ainda considerado o…

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Melhor que o futebol nem a cortiça

21 Março, 2016 0

Com a qualificação do Sp. Braga para os “quartos” da Liga Europa, Portugal recuperou à França o 5.º lugar no ranking da UEFA. Os franceses têm ainda o PSG na Liga dos Campeões e nós temos o Benfica, pelo que o desempenho europeu dos arsenalistas será importante para mantermos a posição até ao fim, o que permitirá ao 3.º da Liga, de 2017/18, disputar o playoff da Champions em vez da 3.ª pré-eliminatória.

Os quatro primeiros do ranking são, naturalmente, quatro potentados do futebol e do Velho Continente: Espanha, Alemanha, Inglaterra e Itália. Os outros dois, França e Rússia, seguem em 6.º e em 7.º, com Portugal a intrometer-se assim numa disputa a seis que passou a ser a sete graças à valia dos clubes de um pequeno país de 10 milhões de habitantes – os outros vão dos 47 milhões da Espanha aos 145 milhões de russos, todo um mar de recursos humanos e financeiros.

Também noutro ranking da UEFA, o de clubes avaliados um a um pela participação nas competições europeias, nas últimas cinco épocas, o Benfica surge em 6.º lugar e é o único emblema do “top ten” que não pertence a um dos grandes países europeus, sendo preciso ir até à 14.ª posição para encontrar o primeiro russo, o Zenit, logo seguido do segundo português, o FC Porto.

E se olharmos para o ranking da FIFA encontraremos a Seleção Nacional em 7.º, a quarta europeia, pelo que lanço a pergunta recorrente: haverá outra área de atividade em Portugal tão reconhecida internacionalmente como o futebol? Não, não há. Quer dizer, por uma questão de patriotismo devemos sempre contar com a cortiça.

Canto direto, Record, 21MAR16

É feio mas hoje tem de ser

19 Março, 2016 0

Não gosto do que vou fazer a seguir. Não é por mim, franco-atirador que dispara para onde lhe apetece e não tem satisfações a dar. É pelo que aparenta – e que me leva à nota prévia: é feio elogiar o diretor do jornal que nos acolhe.

Dito isso, a verdade é que…

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O desafio de Marcelo

17 Março, 2016 0

A descida da casa dos pais até à Assembleia sem a presença dos repórteres – ainda impreparados para antecipar a criatividade do novo Presidente – os filhos no anonimato do passeio público, enquanto ele subia, sozinho, a rampa do Palácio de Belém, ou o boné na cabeça, a caneta na boca e a manta nas pernas, no concerto da Praça do Município foram sinais de que…

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Portugueses em Belém

16 Março, 2016 0

Quando o dinheiro de Rui Pedro Soares o colocou ao leme da SAD do Belenenses, vivia-se no Restelo, e salvaguardadas as proporções, um quotidiano semelhante ao do Benfica após Vale e Azevedo: dívidas por todo o lado, salários em atraso e dificuldades para pagar até a conta da água. Não me devo afastar muito do que teria sido a realidade se disser que – se continuasse entregue à coxa gestão dos sempre os mesmos – o Belenenses teria descido à II Divisão B e disputaria ainda hoje o Campeonato de Portugal.

Em vez de estarmos gratos a Rui Pedro Soares, depressa esquecemos a desgraçada situação que herdou e vêmo-lo como um infiltrado, um não-belenense que bem podia ir andando – deixando ficar o dinheirinho, claro, porque não se vê ninguém com vontade e capacidade financeira para se chegar à frente e lhe comprar a SAD.

Mas não faço dele o benemérito injustiçado. Com menos arrogância e menor sede de protagonismo, e um esforçozinho para que os associados se sentissem, de forma simbólica que fosse, parte do projeto da SAD – e não intrusos na própria casa – Rui Pedro Soares podia perfeitamente entender-se com Patrick Morais de Carvalho, que é o homem que por vezes não tivemos: um presidente à altura da história do Belenenses.

Faz sentido, só para dar um exemplo, que Julio Velázquez esteja impedido de recorrer aos juniores, e de trabalhar com eles, porque as camadas jovens são do clube e não da SAD? Tem algum jeito haver no Restelo dois superegos e dois mini-Belenenses? Somos portugueses, eu sei, mas escusamos de exagerar.

Canto direto, Record, 14MAR16

Uma alegria ao jantar

12 Março, 2016 0

Peguei cedo ao “serviço” na quarta-feira, pelas 8 da manhã, madrugada para mim. Mas valeu a pena, já que com exceção do “secador” que foi a cantoria noturna – com Fernando Medina a justificar uma próxima distinção com a Ordem da Paciência – a maratona marcelista pode ter iniciado uma nova era: a da reconciliação dos portugueses com o poder político.

Como se não bastasse de sobrecarga televisiva…

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Rui Ochôa, o fotógrafo dos presidentes

11 Março, 2016 0

“Fotografar é colocar na mesma linha a cabeça, o olho e o coração”
– Henri Cartier-Bresson, fotojornalista francês, 1908-2004

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Foi lançado na semana passada o livro Afectos, em que o repórter-fotográfico Rui Ochôa descreve, por imagens, o percurso que levou Marcelo Rebelo de Sousa da decisão de candidatura à vitória eleitoral.

Fotógrafo oficial de Sá Carneiro, de Francisco Balsemão e de Cavaco Silva, ex-diretor de fotografia do Expresso, Rui Ochôa deu, há 25 anos e a propósito da nova imagem de Cavaco Silva, uma entrevista…

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