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Os benfiquistas, pelo menos alguns, vivem tempos de angústia. Entre certezas e dúvidas, casos como as possíveis partidas de Maxi, Gaitán, Jonas ou Lima constituem, depois da saída de Jorge Jesus, u..." /> — ler mais..

Os benfiquistas, pelo menos alguns, vivem tempos de angústia. Entre certezas e dúvidas, casos como as possíveis partidas de Maxi, Gaitán, Jonas ou Lima constituem, depois da saída de Jorge Jesus, u..." /> Quinta do Careca - Record

Quinta do Careca

O recomeço benfiquista

29 Junho, 2015 0

Os benfiquistas, pelo menos alguns, vivem tempos de angústia. Entre certezas e dúvidas, casos como as possíveis partidas de Maxi, Gaitán, Jonas ou Lima constituem, depois da saída de Jorge Jesus, um autêntico desespero.

Nada de mais. Como se viu no FC Porto, equipas vencedoras têm de ser desmembradas: porque se completam ciclos, porque é preciso realizar mais-valias, porque não se podem “cortar as pernas” a jogadores que tentam fazer um último contrato melhorado, que lhes garanta o futuro.

Por outro lado, a chegada de outro treinador sempre agita as águas. Vem à tona o inevitável “modelo de jogo”, que talvez implique uma aposta nas alas, maior consistência no miolo, um número 10 mais criativo, uma dupla de pontas-de-lança, dois trincos, três centrais e só não dois guarda-redes porque os regulamentos não o permitem. Enfim, a mudança dispensa muita gente e tira outra tanta da zona de conforto, mas é com ela que as coisas avançam e o futuro começa. E não existe mudança que não traga alguma instabilidade.

A hora da verdade impõe ao Benfica – e eu diria ainda mais a outros – diminuição da despesa e controlo apertado de tudo o que não seja essencial para comprar melões. Mas a experiência de gestão da era LF Vieira dá garantias de que se privilegiará o investimento inteligente, que é aquele que pode conduzir ao sucesso desportivo sem dar cabo do equilíbrio das contas.

A incerteza criada com a contratação do novo técnico, a quem foi atribuída a difícil missão de substituir um colega carismático e que apresentou resultados, é normal. Problema seria se a estrutura que o amparasse fosse amadora e não lhe desse os meios de que necessita para ser bem sucedido.

Canto direto, Record, 29JUN15

O milagre da Teresa

27 Junho, 2015 0

Conseguiu um pequeno milagre: combater durante sete anos um cancro – não detetado a tempo – e trabalhar quase até aos últimos dias. O que a Teresa Pais já não pôde ver foi a página de despedida que lhe fizeram numa das revistas que dirigia, a “TV Mais” – a outra era a “Telenovelas”.

Acho que ela ficaria feliz…

Texto em www.alexandrepais.pt

Teresa, a minha tetracampeã

22 Junho, 2015 0

A minha filha Teresa tirou um curso de que não gostava e que só lhe serviu como formação de base para abraçar a profissão para a qual sentia verdadeira vocação: o jornalismo.

Creio que tive culpa. Quando ela quis, aos 16 anos, começar a ganhar o seu próprio dinheiro, encaminhei-a para o que havia mais à mão: recolher fichas dos jogos de futebol, ao fim de semana, na redação do semanário “Off-Side”. Corria o ano de 1983. Depressa lhe tomou o gosto, tornou-se sócia do Belenenses e, apesar de o namorado ser do Sporting, lá estavam os dois, semana sim, semana não, na bancada do Estádio do Restelo.

Tê87

Agora, confrontado com a dura realidade do seu desaparecimento físico, recordei o seu percurso como atleta, que se iniciou no Algés e Dafundo, primeiro na natação e no judo, aos 10 anos em definitivo no basquetebol. Em 1987, ainda com 19 anos, foi campeã nacional, sem derrotas, pelo CIF (vêmo-la na foto, com o n.º 13), proeza que se repetiria em 1991.

Mais tarde, com outras responsabilidades na vida profissional e familiar, baixou a intensidade dos treinos mas continuou a jogar, sendo de novo bicampeã nacional, então da II Divisão, pelo St. André e pelo Algés e Dafundo – ou seja, em cima dos 30 anos regressou a casa.

Foi, até ao fim, fiel à ética em que o desporto a formou e fiel ao Belenenses, ao lado do marido benfiquista. E à saudade que a Teresa me deixa pertencem os acenos conformados que trocávamos, entre a bancada e a tribuna de imprensa, sempre que o “Belém” nos dava desgostos, e deu muitos. No dia da sua última viagem, aqui celebro, além da mulher fantástica – corajosa, inteligente, divertida e generosa –, a grande desportista de que tanto me orgulho.

Canto direto, Record, 22JUN15

Peixinhos e tubarões na SIC

20 Junho, 2015 0

Terminou “Shark Tank”, na SIC, um formato de popularidade segura, como todos aqueles cujo sal seja o dinheiro e a pimenta a exibição de histórias de sucesso. No caso, o sucesso marcou pontos do lado dos tubarões – genericamente sem grande perfil para a função, assinale-se – e esteve quase ausente no dos peixinhos candidatos ao investimento nos seus projectos.

Como em qualquer programa do género…

Texto em www.alexandrepais.pt

Cobardolas armados em valentões

19 Junho, 2015 0

A capa da SÁBADO de há três semanas, com o primeiro presidente do Sporting, tocou no vespeiro do futebol e provocou uma caterva de comentários insultuosos nas redes sociais bem à medida dos valentões que insultam sob o que pensam ser a protecção do anonimato.

Recordei logo uma história de 2012 e 2013, em que um anormal se dedicava a caluniar…

Texto em www.alexandrepais.pt

Segredo de justiça ou segredo de injustiça?

18 Junho, 2015 0

Não passa um dia sem que alguém com cabeça revele indignação pela violação do segredo de justiça, mas passam anos sem que se resolva o problema. A senhora procuradora-geral bem abre inquéritos, talvez por simples obrigação já que tudo fica em águas de bacalhau, mas o resultado é sempre, ou quase sempre, inconclusivo. Ou seja: ninguém se acusa.

Ouvi há dias, na televisão, que a SÁBADO, por ter divulgado conteúdos de gravações do interrogatório a José Sócrates, vai ser processada…

Texto em www.alexandrepais.pt

Mensagem de um sportinguista indignado

17 Junho, 2015 0

From: Portugalio [mailto:info@portugalio.com]
Sent: terça-feira, 16 de Junho de 2015 11:33
To: Record
Subject: Contacto de João Neves da Costa

Caro Jornal Record

Os meus cumprimentos. Gostaria de, caso seja possivel e nao cause transtorno, endereçar esta missiva ao V/ colaborador e ex-Director Sr. Alexandre Pais.
Começo por dizer que sou, desde ha muito, um leitor atento, interessado e, principalmente, deliciado com a grande maioria das cronicas, sejam elas pequenas, tipo telegraficas, ou maiores que V.Exª faz o favor de escrever. Confesso que, em virtude de considerar algumas dessas cronicas autenticas liçoes de vida, chego ao ponto de as guardar e, de tempos a tempos, as reler.
Em seguida, identifico-me como SPORTINGUISTA, mesmo muito SPORTINGUISTA. Sou-o desde que me conheço, o que significa ja o ser ha bastantes anos.
Assim sendo, ja assisti a imensas coisas acontecerem, algumas impensaveis, no meu Clube.
No fundo, ao nivel do que agora se passa, embora, claro, de cariz diferente.
Dirijo-me a V.Exª por o achar, desde sempre, uma referencia de talento, sensatez, sentido de justiça e imparcialidade
Ora, aqui chegados, confesso que fiquei siderado com algumas coisas que recentemente li, escritas por V.Exª, relacionadas com o meu S.C.P. e, principalmente, com o seu Presidente.
Sou SPORTINGUISTA antigo, mas nao significa que o seja de olhos fechados, as cegas, muito menos a qualquer preço.
Da mesma forma que nao me conseguiria rever num Portugal governado por um qualquer HITLER ou STALINE, assim nao me revejo no actual S.C.P..
Como, alias, nao me revi nem pactuei, em muitos outros momentos, no Clube e com o Clube, enquanto Instituiçao.
Ora, tendo de V.Exª a opiniao que atras expressei, estou completamente atonito com o branqueamento que tem feito da actuaçao do Presidente Bruno de Carvalho. Em face do destaque que por vezes lhe da, direi, ate, enaltecimento.
Nao pretendo entrar por questoes tecnicas e/ou desportivas. quero so cingir-me a questoes eticas, morais e, digamos assim, politicas.
V.Exª que me desculpe, mas esses assuntos, para mim, sao importantes e os procedimentos e comportamentos do Presidente, em termos de etica, moral e respeito pelo seu semelhante tem sido execraveis.
A forma como despediu Marco Silva (um rapaz exemplar), os metodos canhestros que utilizou (do mais PIDESCO possivel) e, por fim, os argumentos escolhidos para tentar nao lhe pagar o justo e legal (e que V.Exª, com o brilhantismo habitual, tao bem parodiou em artigo recente no Record), fazem-me, ate, ter vergonha de dizer que sou, ou alguma vez fui, SPORTINGUISTA.
Lamento, mas nao consigo separar as coisas.
Nao consigo achar que nao se tem que olhar a meios para atingir os objectivos a que nos propomos.
A vida nao pode, nem deve, ser assim.
Claro que isto nao invalida que o Presidente tenha razao em algumas coisas, nomeadamente quando afirma que o SPORTING era um clube de elites balofas, perdedor na essencia (talvez, dizendo melhor, nao ganhador), mal gerido tradicionalmente, ate, talvez, em inumeras vezes roubado e espoliado, etc..
Agora, nao posso admitir que passemos de um Clube assim, de elites, etc., para um Clube de energumenos, de trambiqueiros e de caloteiros.
E que dizer, ou pensar, daquele discurso completamente SALAZARENTO?
Quem nao esta de acordo comigo e ousa, cumulo da ignominia, levantar, mesmo muito levemente, a voz para discordar de mim, e inimigo do glorioso S.C.P., agente infiltrado a soldo dos horrorosos inimigos (que os ha por todos os lados), bla, bla, bla..
Onde e proferido por quem, ou por que genero de individuos, ouviu V.Exª este tipo de arrazoado?
Estou convencido que bem se recordara, visto ser, talvez, um pouco mais idoso que eu.
Note bem, digo idoso, nao velho, com receio que V.Exª me mande para casa e nao saia da mesma, para ficar a cuidar dos netos, que, no fundo, e o lugar onde devem estar os velhos. Em alternativa, no jardim a jogar a SUECA.
So que como netos ainda nao tenho e jogar a sueca so se fosse com a dita cuja (morena de preferencia, que tambem as ha la na suecia), nao tenho alternativa a preocupar-me com o meu SPORTING e com o meu PORTUGAL, que tao mal entregues estao. Mais o Sporting, convenhamos, por amor a verdade…!
Os meus cumprimentos a V.Exª e continue a deliciar-nos com os seus artigos.
Em suma, nao va ja para casa cuidar dos netos, pelo menos a tempo inteiro.

João Neves da Costa

Nota da Quinta do Careca

Prezado leitor

Grato pela sua mensagem, pelos elogios que não mereço e pela crítica, que cai sempre bem quando não vem acompanhada de insultos, como é o caso.

Não discuto a sua opinião que, como a minha, é o que é, mas gostaria de lhe dizer que não conheço Bruno Carvalho, não sou seu amigo, nem inimigo, pelo que me é indiferente que ele possa gostar ou não gostar do que escrevo. O mesmo diria em relação a anteriores dirigentes do Sporting.

E por falar neles: gosto, por exemplo, da independência de Pedro Santana Lopes ou de José Sousa Cintra, que criticam e elogiam, conforme os casos, gosto do silêncio de José Eduardo Bettencourt ou de Filipe Soares Franco, que têm uma classe à parte, mas ando há séculos a ouvir uns marretas sempre a malhar em quem faz, esquecendo-se do que não fizeram e, pior, do que fizeram e não deviam ter feito.

Como diria o Daniel Oliveira, escrevo para ser lido – infelizmente para mim, menos lido do que ele – e não para agradar ou desagradar a este ou àquele. Fui um livre pensador enquanto diretor do Record, imagine-se agora que me habituei a viver fora da gaiola.

Alexandre Pais

A brigada do croquete que fique a brincar com os netinhos

15 Junho, 2015 0

Bruno Carvalho encontrou o Sporting em tal agonia que se viu forçado a aplicar um programa semelhante ao da troika: cortar a direito. Despachou os jogadores mais caros, procurou reequilibrar o plantel sem grandes gastos, confiou num treinador jovem e competente, e contribuiu – com erros pelo meio, é certo – para que os leões ganhassem o primeiro título em sete anos e voltassem a ter a possibilidade de jogar a Champions.

Se mantivesse essa política – e a SAD fecha a época com quase 30 milhões de euros de lucro – teria de seguir a estratégia de Passos Coelho: continuar a cortar nos salários à medida que as receitas fossem minguando. E sabendo que jamais cresceria se não tornasse a ser campeão.

A contenção orçamental que os rivais terão de adotar e o “desinteresse” de Luís Filipe Vieira pelo técnico bicampeão deram-lhe a oportunidade que não poderia desprezar: era agora ou nunca mais. A contratação de Jorge Jesus dá-lhe a certeza de que o Sporting tomará a iniciativa de tentar ganhar todos os jogos, com isso enchendo o estádio e galvanizando jogadores e adeptos.

A história do dinheiro é uma falácia: consiga Jesus a qualificação para a Champions e logo entrarão 2 milhões de euros por vencer o play-off, mais os 12 milhões da fase de grupos. Ou seja, em setembro próximo, o Sporting pode ter já garantido o total a pagar a Jesus pelas três temporadas!

É verdade que a forma como se processou o afastamento de Marco Silva foi miserável, mas a vida é o que é. E é também tempo para a brigada do croquete, que pretende honrar os pergaminhos do seu passado e continuar a enterrar o Sporting, ficar a brincar com os netinhos e deixar a bola rolar. Depois, se ainda tiverem voz, então falem.

Canto direto, Record, 15JUN15

Convite à emigração foi apenas declaração de bom senso

13 Junho, 2015 0

Há 40 e tal anos, a palavra dita em público e captada pela rádio logo desaparecia. Tudo se garantia termos dito e tudo jurávamos jamais ter proferido. Havia na Emissora Nacional – para a PIDE lá poder ir cheirar – o chamado “gravador contínuo”, que registava as emissões integrais das poucas estações existentes, o que significava que…

Texto em www.alexandrepais.pt