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Uma onda de emoção varreu uma certa política, a sala de imprensa do Parlamento Europeu e a classe jornalística, com o desaparecimento de Fernando de Sousa, de 65 anos, correspondente da SIC Notícia..." /> — ler mais..

Uma onda de emoção varreu uma certa política, a sala de imprensa do Parlamento Europeu e a classe jornalística, com o desaparecimento de Fernando de Sousa, de 65 anos, correspondente da SIC Notícia..." /> Quinta do Careca - Record

Quinta do Careca

O adeus de dois dos maiores

30 Outubro, 2014 0

Uma onda de emoção varreu uma certa política, a sala de imprensa do Parlamento Europeu e a classe jornalística, com o desaparecimento de Fernando de Sousa, de 65 anos, correspondente da SIC Notícias. Trabalhei com ele na RDP, nos idos de 1976, e associo-me aos elogios dirigidos à sua competência e verticalidade. Era um dos melhores.

Texto em www.alexandrepais.pt

A inacreditável (última) proeza de Didier Drogba

29 Outubro, 2014 0

No passado domingo, e na ausência de Diego Costa, Drogba foi titular no Manchester United-Chelsea, marcou o golo que ia dando a vitória aos blues e jogou cerca de 95 minutos. Ontem, terça-feira, seria altamente improvável que Mourinho escalasse o costa-marfinense para o jogo da Taça, com o Shrewsbury – na melhor das hipóteses estaria no banco…

Texto em www.alexandrepais.pt

Fim de semana alucinante de futebol

27 Outubro, 2014 0

O fim de semana começou bem, com o Manchester City de Pellegrini, um tipo que me irrita, não sei porquê, a perder e a atrasar-se na Premier. A seguir, o Real Madrid derrotou o Barcelona, sem espinhas. Dia perfeito para as minhas cores – e também para o FC Porto, que parece ter sacudido a minicrise.

Ganho o sábado, entrei no domingo de mau humor. Primeiro porque o Belenenses precisava de me esclarecer se retomava o prometedor início de campeonato ou se regressava, e eu com ele, ao susto que foi a época passada. Depois porque esta coisa de marcarem os jogos do “Belém” à mesma hora de outros confrontos – e ontem era “apenas” um Manchester United-Chelsea – é algo que tem de acabar.

Claro que me sintonizei na Amoreira e fui indo ao “palco dos sonhos”, afinal não havia Diego Costa e Ramires, Rooney e Falcão. Não é que eu ache que as camisolas não jogam, ao contrário, mas para mim o futebol são mais os artistas.

Correu bem a vida ao Belenenses – estamos no primeiro terço da tabela – o que me fez o pleno, pois no duelo de Manchester eu torcia pelas duas equipas e elas empataram, foi ótimo, Mourinho que desculpe.

Com tudo isto, cheguei ao Sporting-Marítimo e já havia 2-0. Lá tive de voltar aos diferidos, entre Alvalade e Old Trafford. E quando, finalmente, pude concentrar-me no direto de Braga, não me contive sem ir espiando o Coliseum do Getafe para saber do Atlético… Um dia alucinante.

Feito o balanço, o que ficou de tantas horas de bola? Um Messi irreconhecível, golos fantásticos de Pepe, Montero e Drogba, meia hora excelente do Belenenses, o abanão de Mazou na defesa do Sporting, o ressurgimento do Sp. Braga e o regresso do velho geniozinho de Sérgio Conceição, a entrada “à Barcelona” e a posterior quebra física do Benfica… E por aí fora. Viva o futebol!

Canto direto, Record, 27OUT14

Sira, a heroína que se perdeu

26 Outubro, 2014 0

No Hospital Amadora-Sintra não passa uma semana sem que um ou dois recém-nascidos não sejam entregues aos pais por se ter instalado, no espírito das assistentes sociais, a dúvida de que existam, nas famílias, condições que garantam o bem estar dos bebés. São cerca de sete dezenas por ano os casos em que se encontram motivos para intervenção e só podemos louvar o Estado pela sua capacidade de agir.

Infelizmente, não é assim em todas as situações e na semana passada, na área da mesma unidade hospitalar, mais propriamente no Bairro do Zambujal, na Amadora, uma adolescente de 13 anos perdeu a vida, de madrugada, depois de…

Texto em www.alexandrepais.pt

E ninguém demite o dr. Machete?

25 Outubro, 2014 0

Perguntado sobre a eventualidade de haver portuguesas dispostas a deixar o Estado Islâmico e a regressar a casa, o ministro da Administração Interna explicou só dizer o que podia, ou seja, quase nada.

Mas uma vez mais, o bom senso a que Miguel Macedo nos habituou não foi seguido pelo colega de Governo cujo perfil parece transbordar de maturidade e sapiência…

Texto em www.alexandrepais.pt

Tributo ao homem que disse “vamos a eles que nem uns tarzões!”

23 Outubro, 2014 0

Desapareceu há um mês uma grande figura do futebol português: Fernando Cabrita. Jogador de eleição, depois treinador de algum sucesso, viveu o momento alto da carreira ao levar a Selecção Nacional – à frente de uma comissão técnica com Toni, José Augusto e António Morais – ao 3.º lugar do Euro’1984. Era um homem bom e afável, mas de trato…

Texto em www.alexandrepais.pt

Uma pequena “Grande Tarde”

22 Outubro, 2014 0

Ainda que um dia ou outro a lógica pareça inverter-se, certo é que a “Casa dos Segredos”, da TVI, vai batendo “Mar Salgado”, da SIC, nas audiências. É a via-sacra habitual: uma produção assente na futilidade e no mau gosto – e que não para de reforçar a vertente do sexo e da violência – tem mais espectadores que um trabalho artístico.

Não sei se a SIC aceita a diferença por não querer utilizar armas idênticas. A dúvida assalta-me vendo a equipa do “Grande Tarde”…

Texto em www.alexandrepais.pt

Jorge Jesus é uma águia

20 Outubro, 2014 0

Quando o Benfica está menos bem, salta a língua aos comentadores que detestam Jorge Jesus. É a oportunidade jamais desperdiçada para tentar denegrir um homem que não tem o nível intelectual das sumidades – mesmo das que dizem “hajam” estas e “hajam” aquelas – mas que percebe mais de futebol de olhos fechados do que elas todas juntas e com os delas abertos.

A crítica mais vezes dirigida ao treinador encarnado na maré vazia é a sua falta de aposta nos jovens, como se tudo o que luzisse na academia fosse ouro e um profissional, que está obrigado a apresentar resultados, pudesse andar a perder tempo com balões de ensaio. O que Jesus faz, ao contrário do que acham os que na verdade anseiam pelo seu insucesso, é atuar pela certa, é utilizar as suas energias a lapidar jogadores como Talisca, recuperar vontades como a de Eliseu, descobrir utilidades como a de André Almeida, inventar soluções como a de Jardel, potenciar talentos como o de Gonçalo Guedes, pôr o Benfica a faturar como aconteceu com as cedências de Rodrigo e André Gomes. A separar o trigo do joio, Jesus é único, é uma águia.

A última demonstração da sua capacidade para distinguir entre um jogador que pode render a curto prazo e outro que seja uma grande promessa e todos os anos precise de ser emprestado, deu-se com Jonas, engolido pela baleia do conformismo em Valência, mas que JJ sabia ter uma qualidade técnica que valia a pena recuperar. E lutou por isso: insistiu até que fosse possível contratá-lo.

Para quem, como eu e tantos outros, entende qualquer coisa mas não muito de futebol, e necessita, para ter a certeza, daquele segundo golo do Benfica, no sábado, na Covilhã, tudo é mais lento – é ver para crer, como S. Tomé. Para quem sabe, como o Jorge, basta apenas um clique. E já está.

Canto direto, Record, 20OUT14

Marcano? Lamento mas não queremos

19 Outubro, 2014 0

O berlinde e o tijolo.

Para ilustrar o excesso de ruído sobre o próximo Orçamento de Estado, que o Governo se propõe fazer aprovar na AR, Pacheco Pereira levou para o último “Quadratura do Círculo”, da SIC Notícias, um tijolo a que chamou “realidade” e um pequeno berlinde que designou por “novidade”. Podíamos caricaturar da mesma forma o início de época do FC Porto, que aparentemente formou um plantel fortíssimo – com a vénia de quase toda a comunicação social, eu incluído… – que começa, afinal, a revelar-se um modesto berlinde perante o tijolo que cai sobre a cabeça dos adeptos do Dragão.

Um guarda-redes sofrível.

Com a chegada de Julen Lopetegui, a SAD azul e branca consentiu que se repetisse a fórmula já perdedora em tantas ocasiões – lembram-se da armada britânica que desembarcou na Luz, no tempo de Souness, e pela qual o Benfica pagou bem caro quando quis recambiá-la? – e contratou espanhóis por atacado. Junto a pérolas com talento e escola, como Óliver ou Tello, arribou gente mediana, parte dela repescada de empréstimos a emblemas menores, e ainda um guarda-redes sofrível, que está longe de poder corresponder às exigências de um clube de topo.

Bandeiras de oito países.

É que ter muitos jogadores estrangeiros da mesma nacionalidade é tão difícil como gerir um plantel que é uma sociedade de nações. E o FC Porto vive, nesta altura, ambas as realidades. Ontem, nos dragões, tivemos seis espanhóis, três brasileiros, dois colombianos, um mexicano, um argelino e… um português. O Sporting também apresentou as suas Nações Unidas: Espanha, Brasil, Argentina, Colômbia, Argélia, Peru e Portugal – mas craques portugueses foram sete, um luxo.

O erro de não pôr Quaresma.

O maior contra de ter muitos profissionais da nacionalidade do treinador é a tendência natural do técnico para apostar neles e justificar a insistência com que defendeu o investimento. Mas Lopetegui não errou só por ter metido compatriotas a mais no onze inicial – não se terá perdido no banco a grande forma da pré-temporada de Rúben Neves? – falhou igualmente na costela de psicólogo que por certo terá. Depois de jogar apenas alguns minutos na Dinamarca e de executar o excelente centro para a cabeçada de Cristiano que deu a vitória à Seleção, mandava o sentido de oportunidade e o bom senso que Ricardo Quaresma fosse titular. Motivação não lhe faltava. O curioso é que quanto mais a poeira assenta mais se afirma Marco Silva, a inquietante dúvida, e se enterra Lopetegui, a serena certeza.

Na minha baliza é que não.

Quando vi Marcano fazer a “assistência” para o terceiro golo do Sporting – após ter deixado Slimani isolar-se nessa mesma jogada e depois de já ter marcado o primeiro golo na própria baliza – lembrei-me antes, evidentemente, do glorioso Rubin Kazan, mas logo a seguir também do José Neves de Sousa, o mestre, que um dia, ao ver-me entusiasmado com um reforço do Belenenses, um avançado de seu nome Madaleno, me disse: “Com esse nome, não dá, não pode ser grande coisa…” E não era. Por isso, se tentassem impingir-me um Marcano só se fosse avançado. Porque junto à minha baliza e com esse nome é que eu não o queria. Escuso de explicar porquê.

Contracrónica, Record, 19OUT14

Dirigir publicações: um trabalho muito difícil – 3

18 Outubro, 2014 0

Um dos maiores problemas que enfrenta quem tem hoje responsabilidades editoriais é o das apostas individuais. Trata-se de uma dificuldade que se soma à perda dos hábitos de leitura em papel e ao desinvestimento feito pelas empresas, na tentativa de diminuírem custos, e que já aqui referi.

Se houvesse mais estudos de mercado – e vontade para os fazer e para os pagar – sobre o tipo de leitor que tem cada publicação e os verdadeiros interesses do seu público-alvo, as direcções saberiam, com forte probabilidade de acerto, o caminho a seguir. Como de uma forma geral não contam com esse apoio, resta aos desesperados recorrer aos achódromos pessoais – e por vezes, mas nem sempre, aos acho que do estreito círculo que os rodeia – e introduzir as alterações, de forma e de conteúdo, que lhes parece que os seus leitores aprovarão.

Na maior parte dos casos, infelizmente…

Texto em www.alexandrepais.pt